Dia do Carro Antigo: cuidados não são os mesmos dos novos
Dizem que todo veículo velho pinga óleo; se parou, pior ainda: é porque já caiu tudo e secou...
O Dia do Carro Antigo (ou do Antigomobilismo) é celebrado nesta segunda-feira (28) no estado de São Paulo. Por isso, o especialista do CNN Auto, Boris Feldman, explica que cuidados com esses veículos não são os mesmos que devem ser dados a um zero quilômetro.
Confira abaixo 12 dicas — que vão desde a forma de ligar o carro corretamente a como guardar equipamentos essenciais — para garantir uma vida mais longa a esses carros.
1- Está enganado quem acha que basta ligar o motor durante uns cinco minutos. Melhor não fazer nada. O certo é sair e dar, no mínimo, uma volta de uns dez minutos com ele uma vez por mês;
2- Não deixe o freio de estacionamento acionado. Lonas pressionadas contra os tambores correm risco de oxidação, de “grudarem”, deixando mais difícil de movimentar o carro;
3- Não desligue a bateria pelos cabos, mas por uma chave geral. É extremamente recomendável sua instalação, e ela deverá ser desligada quando o carro ficar parado durante algumas horas, ou dias. Além de proteger a bateria, evita-se também um princípio de incêndio que pode resultar da fiação antiga;
4- Extintor de incêndio à mão. Não o guarde no porta-malas ou em local de difícil acesso. O ideal é prendê-lo ao banco do motorista, rente ao chão;
5- Nunca espere atingir a quilometragem para trocar o óleo lubrificante. Como carro antigo roda pouco, o óleo e filtro devem ser substituídos a cada 12 (ou 18) meses. Não importa quantos quilômetros rodou. E, se ficou parado alguns meses, troque o óleo antes de ligar o motor;
6- O contato por período longo dos pneus com o piso pode deformá-los. Ficam “quadrados”. Uma solução é deixar o carro sobre cavaletes. Outra é inflar o pneu com uma pressão bem superior à recomendada, enquanto estiver estacionado. E sempre movimentar ligeiramente o carro, para mudar o ponto de contato do pneu;
7- Gasolina com etanol não faz bem aos carburadores. Ao parar, desligue a alimentação de combustível e funcione o motor até esgotar toda a gasolina das cubas, quando o carro ficar parado por períodos mais longos;
8- Preste especial atenção a todas às mangueiras: de combustível, fluido do freio, do sistema de refrigeração, etc. É grande sua tendência a ressecar, surgir fissuras e permitir indesejáveis (e perigosos) vazamentos. Fique de olho também em componentes de borracha como limpadores e correias, que perdem a flexibilidade com o tempo;
9- Em carro antigo, é muito comum que os pneus estejam “novinhos” e “borrachudos”, mas o DOT (data de fabricação gravada na banda lateral) revela que estão vencidos. Se foram fabricados até dez anos, dá para rodar. Caso contrário: lixo;
10- Muita atenção para os “drenos” no fundo da parte interna das portas e porta-malas, que evitam a presença de água quando entopem, pela sujeira e terra que se acumula. Basta passar um arame para desentupi-los, para evitar a oxidação, ou ferrugem. Outra dica é rodar alguns quilômetros com o carro depois de ser lavado, para obrigar a água a escoar pelos drenos;
11- Sempre esquentar o motor até atingir a temperatura de funcionamento, pois o antigo não tem os mesmos recursos que o novo. Para “pegar”, utilizar o afogador para enriquecer a mistura, mas não deixá-lo acionado por mais que alguns minutos;
12- É normal o motor que já rodou cerca de 100.000 km ou mais queimar um pouco do óleo lubrificante. Se não for exageradamente (aí a solução é a retífica), usar um óleo de maior viscosidade: existem no comércio óleos especiais para motores de “alta quilometragem”. Entre eles, o Lubrax (da Petrobrás) é o único que, além da maior viscosidade, tem um aditivo especial (seal swell) que dilata retentores e anéis de vedação para atenuar a passagem de óleo.
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