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    Em primeira viagem, Hugo Motta promete independência da Câmara

    Candidato seguiu roteiro de ex-presidentes da Casa e foi para Mato Grosso do Sul pedir votos à bancada estadual

    Gabriela Pradoda CNN , Brasília

    Em sua primeira viagem de campanha para a sucessão da Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) defendeu a independência do Legislativo e seguiu o mesmo roteiro de ex-presidentes da Casa.

    Motta esteve em Campo Grande (MS), nesta quarta-feira (23), e foi recebido na sede provisória do governo do estado, pelo governador Eduardo Riedel (PSDB).

    Candidatos vitoriosos na disputa pelo comando da Câmara já haviam percorrido esse mesmo itinerário em suas campanhas. Foi o caso, por exemplo, de Eduardo Cunha em 2014.

    Tido como algoz da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e próximo de Hugo Motta, Cunha começou também por Mato Grosso do Sul as conversas com parlamentares para chefiar a Câmara. Ele foi recebido pelo então governador do estado, André Puccinelli (MDB).

    De acordo com veículos locais, a independência do legislativo foi uma das pautas encampadas por Cunha à época.

    Segundo a assessoria de Hugo Motta, outros presidentes da Câmara — como Rodrigo Maia e Arlindo Chinaglia — começaram igualmente pelo estado suas campanhas.

    Nesta quarta, no encontro com Motta, compareceram os oito deputados federais de Mato Grosso do Sul. Parlamentares do PT ao PL sentaram à mesa para ouvir as propostas do candidato.

    As duas senadoras, Tereza Cristina (PP-MS) e Soraya Thronicke (Podemos-MS), também foram à reunião.

    O único integrante ausente da bancada do Mato Grosso do Sul no Legislativo foi o senador Nelsinho Trad (PSD). A legenda de Trad tem como candidato à presidência da Câmara, o deputado Antonio Brito (PSD-BA).

    Demandas de MS

    Durante o encontro, todos os deputados expuseram as demandas. Do lado da oposição, os parlamentares reforçaram a importância de pautas que limitem o que definem como interferência do Supremo Tribunal Federal (STF) no Legislativo.

    Motta ainda foi questionado sobre a posição sobre o marco temporal.

    O candidato evitou se comprometer com pautas específicas, mas disse aos parlamentares presentes que pretende fazer uma gestão que “valorize” o trabalho dos deputados.

    O líder do Republicanos também fez afagos para todos os espectros políticos quando disse que tanto a pauta do meio ambiente, quanto a pauta do agronegócio são importantes.

    Mato Grosso do Sul tem como principal setor econômico a produção agropecuária. O estado também concentra 65% do Pantanal.

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