À CNN, Kamala diz que morte de Sinwar é uma oportunidade para acabar com a guerra
Vice-presidente afirma que defende "solução de dois estados onde Israel e os palestinos, em igual medida, tenham segurança"
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, disse nesta quarta-feira (23) que espera que a morte do líder do Hamas Yahya Sinwar possa levar a uma abertura para potenciais negociações de paz no Oriente Médio.
Ao ser questionada no Town Hall da CNN por Annalise Kean sobre o que a vice-presidente faria para garantir que nenhum outro palestino seja morto por bombas financiadas pelos EUA, Kamala disse: “Eu direi e acho que isso é para o seu ponto: muitos civis palestinos inocentes foram mortos.”
Ela acrescentou: “É inconcebível, e agora estamos em um lugar onde, com a morte de Sinwar, acredito que temos uma oportunidade de acabar com esta guerra, trazer os reféns para casa, trazer alívio ao povo palestino e trabalhar em direção a uma solução de dois estados onde Israel e os palestinos, em igual medida, tenham segurança, onde o povo palestino tenha dignidade, autodeterminação e a segurança que eles merecem.”
Ao ser questionada pelo moderador Anderson Cooper da CNN sobre o que ela diria aos eleitores que pensam em votar em terceiros ou ficar em casa devido aos seus sentimentos sobre a guerra em Gaza, Kamala disse: “Não vou negar os fortes sentimentos que as pessoas têm”.
“Não conheço ninguém que tenha visto as imagens que não tenha sentimentos fortes sobre o que aconteceu, muito menos aqueles que têm parentes, que morreram e foram mortos”, ela acrescentou.
Mas, ela afirmou mais tarde, que essas mesmas pessoas também estão preocupadas com os preços dos alimentos e a ameaça à democracia americana.
O Town Hall da CNN com a vice-presidente Kamala Harris acontece na Pensilvânia.
A candidata presidencial democrata responde perguntas de eleitores indecisos enquanto busca conquistar o estado-pêndulo nos últimos dias da eleição presidencial.
O Town Hall é moderado pelo âncora da CNN Anderson Cooper e conta com uma audiência ao vivo. Kamala responderá a perguntas de integrantes da audiência selecionados pela CNN para participar do evento, de acordo com um porta-voz da rede.
Sobre a plateia
São eleitores da Pensilvânia compostos por democratas, republicanos e independentes — todos os quais confirmaram que pretendem votar em novembro e permanecem indecisos sobre o candidato presidencial em quem votarão.
Eles foram escolhidos de um grupo de pessoas identificadas por uma organização de pesquisa apartidária e produtores editoriais da CNN trabalhando com grupos empresariais locais e estaduais, organizações cívicas, grupos religiosos e universidades, de acordo com a rede.
Com menos de duas semanas até o dia da eleição, a campanha presidencial se resumiu a um punhado de estados e à Pensilvânia — o maior prêmio, em termos de votos eleitorais — que determinará o próximo presidente dos Estados Unidos.
O ex-presidente dos EUA Donald Trump, o candidato presidencial republicano, foi convidado, mas se recusou a participar do Town hall, bem como de um debate que a CNN se ofereceu para produzir nos últimos dias da campanha.
Kamala aceitou ambos os convites; o debate foi cancelado.
