Análise: A falta de uma Justiça eleitoral eficaz nos EUA abre espaço para ataques entre candidatos
Analista Fernanda Magnotta aponta que os Estados Unidos apresentam uma legislação menos robusta em relação a temas eleitorais do que o Brasil
A ausência de uma Justiça eleitoral robusta nos Estados Unidos está abrindo precedentes para ataques pessoais entre candidatos à Presidência, conforme avaliou a analista de Internacional Fernanda Magnotta durante o CNN 360° desta quarta-feira (23).
O cenário político americano atual revela uma preocupante fragilidade no sistema Judiciário eleitoral do país.
Recentemente, o ex-presidente e candidato à Casa Branca, Donald Trump, levantou questionamentos sobre possíveis problemas com álcool e drogas de sua adversária, Kamala Harris. Esse tipo de acusação, segundo Magnotta, encontra terreno fértil devido à falta de mecanismos eficazes para coibir tais práticas.
Diferenças entre os sistemas eleitorais brasileiro e americano
Ao contrário do Brasil, onde existe uma Justiça eleitoral centralizada e ágil, os Estados Unidos apresentam uma legislação menos robusta em relação a temas eleitorais.
A Justiça eleitoral americana é descentralizada, sendo conduzida pelos estados, o que resulta em processos mais lentos e menos eficientes para lidar com irregularidades durante as campanhas.
Esta estrutura fragmentada permite que candidatos adotem estratégias questionáveis, apostando na demora da Justiça para resolver eventuais conflitos.
Muitas vezes, quando uma decisão judicial é tomada, o efeito pretendido pelo ataque já foi alcançado, tornando difícil a reversão do dano causado.