Saiba quais líderes do Hezbollah foram mortos por Israel e quais estão vivos
Exército israelense matou ao menos sete comandantes e oficiais de alto escalão da organização
Ataques aéreos israelenses no Líbano mataram pelo menos sete comandantes e oficiais de alto escalão do Hezbollah nas últimas semanas, incluindo o chefe do grupo, Hassan Nasrallah, que foi assassinado em um ataque em sua sede subterrânea em Beirute, no final de setembro.
Enquanto o Hezbollah busca se recuperar dos assassinatos e promete continuar lutando contra Israel, aqui está o resumo de alguns dos líderes do grupo que foram mortos — e quem ainda está vivo.
Saiba quais líderes do Hezbollah Israel matou
Fu’ad Shukr — 30 de junho de 2024
Oficial militar de patente mais alta do Hezbollah e membro do conselho da jihad, Shukr era considerado o braço direito de Nasrallah.
Antes de sua morte, o governo dos Estados Unidos havia oferecido uma recompensa de US$ 5 milhões por informações sobre ele e seu paradeiro.
Shukr foi morto em um ataque de drone no sul de Beirute.
Ibrahim Aqil — 20 de setembro de 2024
Aqil era o principal comandante e fundador da força de elite do Hezbollah: a Força Radwan.
Os EUA ofereceram uma recompensa de US$ 7 milhões por ele, por suspeita de seu envolvimento no ataque de 1983 à embaixada do país em Beirute e no bombardeio do quartel da Marinha da cidade.
Ele foi assassinado com vários outros comandantes em um prédio residencial no bairro de Dahiyeh, no sul de Beirute.
Ahmad Wehbe — 20 de setembro de 2024
Wehbe era o comandante sênior da Força de elite Radwan, do Hezbollah. Ele foi morto junto com Aqil no distrito de Dahiyeh, em Beirute.
Ibrahim Kobeissi — 25 de setembro de 2024
Kobeissi liderou a unidade de mísseis do Hezbollah. Ele foi morto por um ataque aéreo no subúrbio do sul de Beirute.
Mohammad Surour — 26 de setembro de 2024
Surour era o chefe da unidade de drones recém-estabelecida do Hezbollah e supervisionou os ataques de drones e mísseis de cruzeiro do grupo contra Israel a partir do Líbano.
Ele foi morto em um ataque a Beirute.
Hassan Nasrallah — 27 de setembro de 2024
Nasrallah se tornou líder do Hezbollah em 1992, depois que seu antecessor, Abbas Musawi, foi morto por um ataque de helicóptero israelense.
Ele supervisionou a transformação do partido em uma força política poderosa no Líbano durante seu mandato.
Nasrallah foi morto por um ataque aéreo israelense na sede subterrânea do grupo, no sul de Beirute, onde 20 integrantes do Hezbollah também estavam presentes.
Nabil Qaouk — 29 de setembro de 2024
Qaouk serviu como Comandante da Unidade de Segurança Preventiva e como membro do conselho central do Hezbollah.
Foi designado terrorista global pelos EUA em outubro de 2020 e sofreu sanções.
Ele foi morto em um ataque israelense na área de Chyah, nos arredores de Beirute.
Hashem Safieddine — Data exata não confirmada
Safieddine serviu como chefe do conselho executivo do Hezbollah. Era visto como um dos herdeiros mais prováveis para o assento de mais alto escalão da organização, após o assassinato do então líder Hassan Nasrallah, que era primo materno de Safieddine.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram em 22 de outubro que Safieddine foi morto em um ataque em Beirute, cerca de três semanas antes.
O Hezbollah confirmou que Safieddine foi morto, mas não especificou quando.
Saiba quem permanece na liderança do Hezbollah
Naim Qassim
Qassim é o vice-secretário-geral do Hezbollah e atualmente é o oficial de mais alta patente do grupo.
Ibrahim Amin Al-Sayyed
Al-Sayyed é o chefe do conselho político do grupo.
Mohammed Raad
Raad é o chefe do bloco do Hezbollah no Parlamento libanês.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º de outubro marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto pelo Exército israelense no dia 16 de outubro, na cidade de Rafah.