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    Polícia deflagra segunda fase de operação sobre casos de infecções por HIV no RJ

    Investigação apura falha grave no controle de qualidade dos testes realizados pelo Laboratório PCS Saleme

    Beto SouzaRafael Saldanhada CNN

    A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou neste domingo (20), a segunda fase da Operação Verum, com o cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento no caso de infecções por HIV em transplante de órgãos contaminados.

    Em operação realizada neste domingo, a PCRJ cumpriu mandados contra oito alvos, sendo um de prisão e oito de busca e apreensão. Uma suspeita foi presa pelos agentes.

    As investigações revelaram uma falha grave no controle de qualidade dos testes realizados pelo Laboratório PCS Saleme.

    Com o objetivo de reduzir custos, a análise das amostras deixou de ser realizada diariamente, sendo postergada para uma vez por semana.

    Diante da gravidade do caso, a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) decidiu ampliar o escopo das investigações.

    Além de apurar a emissão de laudos falsos, um novo inquérito foi instaurado para investigar o processo de contratação do laboratório pelo sistema de saúde.

    Relembre o caso

    Seis pacientes contraíram o vírus HIV após passarem por transplantes de órgãos no Rio de Janeiro. Segundo as investigações, dois doadores teriam feito exame de sangue no laboratório PCS Lab, localizado Baixada Fluminense, e os resultados deram falso negativo.

    O contrato, firmado pela Fundação Saúde do RJ em dezembro de 2023, tinha duração de 12 meses, no valor total determinado foi de R$ 11.479.459,07. O acordo previa que a Patologia Clinica Doutor Saleme Ltda realizasse análises clínicas e de anatomia patológica.

    Saiba  que sabemos sobre exames errados que causaram infecção por HIV em transplantes no RJ.

    Justiça prorrogou prisão de investigados por erros em exames

    Na sexta-feira (18), a Justiça do Rio de Janeiro manteve a prisão temporária de quatro investigados no caso envolvendo pacientes infectados por HIV após transplantes de órgãos em unidades públicas do estado.

    A decisão proferida pela juíza Aline Abreu Pessanha, manteve a prisão temporária do sócio-proprietário do laboratório LCS Lab Saleme Walter Vieira, além dos três funcionários investigados no caso. São eles: Cleber de Oliveira Santos, Ivanilson Fernandes dos Santos e Jacqueline Iris Bacellar de Assis.

    A magistrada destaca a existência dos requisitos legais e a gravidade do crime. Ela também ressalta a preocupação e riscos à investigação. Os investigados também tiveram negado o pedido de medidas cautelares, como a prisão domiciliar.

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