Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Criminoso que já foi considerado o mais procurado do país vai para o semiaberto

    Conhecido como Zequinha, Luciano Castro de Oliveira deve cumprir pena até 2039

    Carolina FigueiredoElijonas Maiada CNN , em São Paulo

    Um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou que o preso Luciano Castro de Oliveira, conhecido como Zequinha, passe do regime fechado para o semiaberto em São Paulo. Considerado um dos maiores ladrões de banco do país, Zequinha já ocupou o primeiro lugar da lista de criminosos mais procurados no Brasil.

    Zequinha foi preso em setembro de 2020 e tem pena para cumprir até 2039. Desde então, ele estava detido na P2 de Presidente Venceslau, penitenciária de segurança máxima no interior de São Paulo. Com a progressão do regime, ele será transferido para o semiaberto da penitenciária de Valparaíso, também no interior paulista.

    A informação foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária, que afirmou estar cumprindo decisão judicial. No regime semiaberto, o condenado pode trabalhar ou realizar atividades fora da prisão durante o dia, retornando apenas para dormir.

    Ele já foi condenado pela participação em diversos crimes no Brasil e também em outros países do Mercosul. Em lista elaborada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública com os criminosos mais procurados do país, Zequinha aparecia em primeiro lugar.

    A elaboração da lista leva em consideração a existência de mandado de prisão aguardando cumprimento, o envolvimento em crimes graves e violentos, a participação direta ou indireta em organização criminosa, a inclusão da pessoa na Lista da Interpol (Difusão Vermelha), entre outros fatores.

    Em 2020, equipes das polícias Civil e Militar localizaram Zequinha na área rural de Tejupá, às margens da represa Jurumirim, na região de Avaré (SP). A ação ocorreu durante a Operação Divisas Integradas, realizada pelas secretarias de Segurança Pública do Paraná e de São Paulo.

    Foi necessário um esquema estratégico com equipes da Força Tática do 12º e 53º Batalhão de PM do Interior, além de agentes da Polícia Civil da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade para prender o homem.

    Extensa ficha criminal

    Zequinha foi condenado pela primeira vez em 1992, por roubo ao Banco Industrial Comercial (BIC), em Campinas, mas foi libertado dois anos depois após a concessão de um indulto presidencial pelo então presidente Itamar Franco.

    O criminoso também foi condenado em outros processos judiciais por uma variedade de crimes, como latrocínio, formação de quadrilha, porte ilegal de arma, uso de documento falso, roubo, extorsão e sequestro.

    Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, ele chegou a ser condenado a 30 anos de prisão e tinha um mandado de prisão preventiva em aberto, porém fugiu do sistema penitenciário em 2001.

    Em 2005, Zequinha foi preso novamente por formação de quadrilha, utilização de nome falso, e por suspeita de cavar um túnel em direção a um banco em São Paulo. Após obter liberdade, o criminoso foi investigado em 2006 por tentativa de furto ao Banco ABN Amro, em Assunção, capital do Paraguai.

    Luciano é considerado criador e líder de quadrilhas que atuam em roubos contra empresas de transportes de valores, agências bancárias e redes varejistas de eletroeletrônicos com a utilização de explosivos e armamentos de grosso calibre, os chamados assaltos do “novo cangaço”.

    O último mandado de prisão expedido contra Zequinha foi em 2017, por suspeita de coordenar o ataque a um carro-forte em Itupeva, no interior de São Paulo.

    Tópicos