Andrew Garfield reflete sobre perda da mãe: “Minhas ambições morreram”
Ator indicado ao Oscar mudou a forma como enxerga a vida e os trabalhos que aceita
O ator indicado ao Oscar Andrew Garfield, 41, disse ter se sentido perdido após a morte da sua mãe, em 2019, em decorrência de um câncer de pâncreas. Ele falou sobre o assunto em entrevista ao The Late Show With Stephen Colbert.
“Eu não sei mais sobre o que é tudo isso. Muitas das minhas ambições morreram quando minha mãe morreu. Eu me sinto satisfeito com a quantidade de trabalho que tenho feito, e não sei mais qual é o meu chamado agora, onde eu deveria estar”, desabafou.
O astro de “O Espetacular Homem-Aranha” buscou transformar o luto em uma nova forma de encarar a vida e se expressar nas telas, buscando papéis e projetos que tenham impacto no mundo e na vida das pessoas.
“Quero oferecer algo verdadeiro e vulnerável. Porque, Deus, não quero soar pretensioso de forma alguma, mas estamos com problemas em nossa cultura. Há uma espécie de epidemia de falta de sentido que permeia a cultura de uma forma que agora é inegável. Não quero aumentar o barulho do entorpecimento e uma espécie de seguir a linha capitalista”, disse.
A sua fala vai de encontro com seu novo trabalho, “Todo Tempo Que Temos“. Atualmente, Garfield está promovendo o filme que estreia nos cinemas brasileiros no dia 31 de outubro. O melodrama reflete sobre o valor das relações, do tempo e da vida.
Sobre o que fala “Todo Tempo Que Temos”?
A trama acompanha um jovem casal ao longo dos anos. A dupla vive as maravilhas e as dores de uma relação, passando pela formação de uma família ao questionamento sobre o próprio papel no mundo e problemas que fogem do controle de um indivíduo.
Em entrevista à CNN, a parceira de tela de Garfield, a atriz também indicada ao Oscar Florence Pugh, comentou sobre o impacto da produção em sua vida.
“[O filme] realmente me levou a descobrir tudo o que eu queria mudar na minha vida. Foi muito maravilhoso, mas uma sensação assustadora de ter o peso do enredo também afetando minha vida pessoal. Acho que muitas pessoas que estão assistindo ao filme se sentem muito entusiasmadas e desesperadas para falar conosco sobre essa sensação de ter, suponho, um pouco de choque de realidade”, disse.