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    Débora Oliveira
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    Débora Oliveira

    Certificada pelo Programa B3 de Formação Continuada em Mercado de Capitais para jornalistas com atuação em grandes emissoras, como SBT, Band e RedeTV, e analista de economia sem economês

    Apagão em São Paulo: varejo e serviços somam R$ 1,65 bi em prejuízos, estima Fecomercio

    Entidade diz que prejuízo pode ser maior já que ainda não há certeza quanto ao retorno definitivo do fornecimento de energia

    A falta de eletricidade, que já dura três dias em partes da cidade de São Paulo, está gerando prejuízos graves aos setores do varejo e de serviços, além da população em geral.

    Cálculos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostram que, considerando o faturamento que os dois setores deixaram de registrar no período, as perdas brutas somam cerca de R$ 1,65 bilhão, até o momento.

    Os números mostram que só o varejo paulistano teve prejuízos de pelo menos R$ 536 milhões nos dias em que parte dos agentes do setor ficou sem funcionar. No caso dos serviços, as perdas somaram R$ 1,1 bilhão.

    Esses dados foram compilados levando em conta que, aos fins de semana, o comércio de São Paulo tende a faturar, em média, R$ 1,1 bilhão por dia, enquanto os serviços têm receitas de R$ 2,3 bilhões.

    A entidade adianta que esse prejuízo pode ser maior tanto porque ainda não há uma previsão concreta por parte da empresa responsável pela distribuição de energia na capital, a Enel, sobre o retorno do serviço a todos os imóveis que dependem da rede; quanto pelo fato de não terem sido incluídos nesses cálculos as perdas de estoques.

    “Esses cálculos não incluem potenciais perdas de estoques, o valor deve ser ainda maior. O varejo e os serviços foram duramente castigados pelo efeito do apagão e levarão alguns meses para se recuperar”, diz André Sacconato, assessor da FecomercioSP.

    A federação atribui à Enel a responsabilidade pelas perdas econômicas de estabelecimentos como mercados, restaurantes, farmácias e lojas do varejo, além de serviços que seguem impossibilitados de operar, já que, além da energia, estão sem acesso à internet.

    Há ainda os custos excedentes para empresas que, diante da situação, precisaram recorrer a locação de geradores, contratar mão de obra extra ou comprar combustíveis para manter os dispositivos operando.

    A entidade lembra que o apagão também prejudica o fornecimento de água, já que muitos edifícios do centro possuem bombas hidráulicas de distribuição.

    Em nota, a FecomercioSP diz que está trabalhando desde sexta-feira (11) para colaborar com os setores mais afetados pelo novo apagão em São Paulo, dialogando com autoridades – como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Prefeitura de São Paulo – e, em paralelo, exigindo que a Enel faça a restauração da distribuição com o máximo de urgência possível.

    Procurada pelo blog, a Enel Distribuição São Paulo disse que tem trabalhado incessantemente, desde a noite de sexta-feira, quando a área de concessão foi atingida por rajadas de vento de até 107 km/h provocando danos severos na rede elétrica.

    A companhia reforçou ainda que as equipes próprias em campo recebeu apoio de técnicos de outras distribuidoras e deslocou profissionais de outros Estados.

    Segundo a empresa, até as 18h30 desta segunda-feira (14), mais de 1,7 milhão de clientes teve a energia restabelecida.

    Técnicos da distribuidora seguem atuando para restabelecer o serviço para cerca de 340 mil clientes na Região Metropolitana de São Paulo, segundo a empresa.

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