Junior Lima reflete sobre fama e pressão na infância: “A gente não tinha noção”
No programa "Altas Horas", o cantor fala sobre como lidou com a exposição pública que viveu ao lado da irmã Sandy
O cantor Junior Lima, 40, refletiu sobre a exposição pública que viveu durante a infância e a adolescência ao lado de sua irmã, a cantora Sandy, 41. Durante sua participação no programa “Altas Horas“, da TV Globo, exibido no sábado (12), o artista falou sobre como lidou com as pressões do trabalho enquanto era criança.
“A gente vai ficando mais velho e vai entendendo o peso das coisas que a gente viveu e como aquilo refletiu na nossa vida. (…) Tem os ônus e os bônus. Os ônus, às vezes, são duros, dependendo da intensidade do que se vive”, começa, falando a Serginho Groisman.
“A gente viveu uma exposição muito grande e, enfim, os compromissos todos, os pesos, as fofocas e as coisas da mídia que, muitas vezes, são pesadas para as crianças. Naquela época, a gente ainda não tinha muita noção”, continua, referindo-se à carreira como dupla “Sandy & Júnior“.
“Não tinha filtro, criança era tratada como adulto muitas vezes, então, eu senti depois de mais velho. Perto dos 30, eu comecei a sentir um pouco do baque e tive minha fase que foi mais pesada. Mas na dor, a gente amadurece bastante, me ajudou a me centrar e a entender e ver de outro ângulo tudo o que vivi”.
No papo, Junior conta que, quando era criança, não conseguia enxergar a pressão em que vivia. “Na época, era muito leve, eu não percebia nada disso, eu estava me divertindo. Sempre fui muito apaixonado pela minha profissão, pelo meu trabalho. Sempre me senti no meu lugar, fazendo o que eu deveria estar fazendo”.
Apesar disso, o cantor revela que, já na vida adulta, desenvolveu Síndrome do Pânico. “Eu não sabia de onde estava vindo. Fui cavar na terapia para dar nome aos bois e entender o que estava acontecendo dentro de mim e, aí, consegui trabalhar isso”, revela.
No programa, Junior também fala sobre o preconceito que sofreu quando era mais jovem por gostar de dançar. “Existia muito preconceito. Era uma coisa meio diferente, meio nova, e aí se questionava e eu pegava e rebolava mesmo, tava nem aí”, conta, dando risada. “Isso, realmente, fez parte de algumas polêmicas que, no período, às vezes me doía. Mas é coisa da maturidade, era outra época”, completa.
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