Baixo fluxo, inflação e menos cigarros vendidos: 7-Eleven vai fechar mais de 400 lojas
Rede tem mais de 13.000 lojas nos Estados Unidos, Canadá e México; número de fechamentos equivale a 3% de seu portfólio
Várias centenas de lojas 7-Eleven de “baixo desempenho” na América do Norte serão fechadas, anunciou a loja de conveniência.
A Seven & I Holdings, empresa controladora da rede sediada no Japão, revelou em um relatório de lucros na quinta-feira (10) que 444 lojas 7-Eleven estão fechando devido a uma variedade de problemas, incluindo queda nas vendas, queda no tráfego, pressões inflacionárias e redução nas compras de cigarros.
Uma lista específica de locais de fechamento não foi divulgada imediatamente. A rede tem mais de 13.000 lojas nos Estados Unidos, Canadá e México, então o número de fechamentos equivale a 3% de seu portfólio.
Em seu comunicado de resultados, a Seven & I disse que, embora a economia norte-americana seja “robusta no geral”, ela notou uma “abordagem mais prudente ao consumo” por parte de pessoas de renda média e baixa devido à inflação persistente, altas taxas de juros e um ambiente de emprego “em deterioração”.
Uma combinação desses fatores levou a uma queda de 7,3% no tráfego em agosto, fechando seis meses consecutivos em queda.
A rede também destacou que as compras de cigarros, que já foram a maior categoria de vendas para lojas de conveniência, caíram 26% desde 2019. Uma mudança acentuada nas vendas para outros produtos de nicotina, como as pastilhas Zyn, não compensou a diferença.
A 7-Eleven disse à CNN Internacional em um comunicado que “revisa e otimiza continuamente seu portfólio” e que as lojas fechadas são parte de sua estratégia de crescimento, acrescentando que a rede continua a “abrir lojas em áreas onde os clientes buscam mais conveniência”.
Os 444 fechamentos são uma “poda suave da cadeia para mantê-la eficiente e lucrativa”, de acordo com Neil Saunders, analista do setor de varejo e diretor administrativo da GlobalData Retail.
“Os locais que estão sendo fechados provavelmente sofreram com um declínio desproporcional no tráfego de pedestres e clientes, já que os consumidores lutam contra o aumento dos preços dos alimentos e reduzem a quantidade que compram”, disse Saunders à CNN.
“Em algumas áreas, a competição crescente de lojas online e de valor também terá cobrado seu preço, já que os consumidores buscam preços mais baixos.”
Enquanto isso, a 7-Eleven disse que continuará a investir em alimentos nos Estados Unidos, já que agora é a categoria de maior venda e um grande atrativo para os clientes.
Concorrentes como Wawa e Sheetz estão ganhando pontuações mais altas de satisfação do cliente para suas ofertas gerais, enquanto a 7-Eleven classificou-se muito mais baixo, de acordo com uma pesquisa recente.
Os últimos resultados financeiros da empresa surgiram em meio a uma oferta de aquisição da Couche-Tard, proprietária da Circle-K, que aumentou sua oferta em US$ 8 bilhões, para US$ 47,2 bilhões nesta semana.