Flórida evitou “pior cenário”, diz à CNN diretora de agência federal dos EUA
Deanne Criswell destacou a forte preparação do estado para a passagem do furacão Milton
A diretora da Agência Federal de Gestão de Emergências dos EUA, Deanne Criswell, indicou que os impactos do furacão Milton poderiam ter sido muito piores, destacando que a Flórida evitou o “pior cenário”.
“O que sabemos com certeza é que evitamos o pior cenário para o qual estávamos planejando”, disse Criswell a Kate Bolduan, da CNN.
“O fato de eles terem se preparado para o pior realmente garantiu que eles fossem capazes de responder aos impactos que sofreram, e os maiores agora são os tornados que foram relatados em todo o estado”, ressaltou.
Isso não significa, no entanto, que o estado não precisará de recursos, ponderou Criswell, cuja agência também tem atuado na restauração após a devastação causada em todo o sudeste dos EUA há apenas algumas semanas pelo furacão Helene.
Ainda assim, a Flórida não precisará “do nível” de recursos “que talvez pudéssemos precisar”, afirmou Criswell.
A diretora pontuou que viu uma “diminuição” de desinformação após o furacão Milton atingir o solo.
“Como vimos do furacão Helene, tivemos um grande apoio de governadores e membros do congresso, líderes locais realmente ajudando a reprimir essa desinformação”, observou Criswell.
“Vimos uma diminuição, embora ainda houvesse algumas vozes por aí tentando espalhar essas mentiras, o que é realmente lamentável”, concluiu.
Furacão Milton deixa mortes e destruição
O furacão Milton atingiu a costa perto de Siesta Key, na Flórida, como uma perigosa tempestade de categoria 3, gerando ventos e chuvas fortes, além de inundações e tornados.
Ele enfraqueceu para categoria 1 ao atravessar o estado e se deslocar para o mar, de acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.
Ainda assim, a tempestade deixou um rastro de destruição, destelhando casas, derrubando árvores, postes e um guindaste.
Dez pessoas morreram após a passagem do furacão, segundo as autoridades.
Milton é o terceiro furacão a atingir a Flórida neste ano, deixando mais de 3 milhões de pessoas sem energia no estado. Rajadas de vento de 160 km/h foram registradas perto de Tampa.