Bolsa fecha em alta apoiada em Petrobras e com juros dos EUA no radar; dólar recua
Preços ao consumidor vieram acima do esperado e subiram 0,2% na base mensal no país norte-americano
O Ibovespa encerrou em alta, apoiada pela valorização das commodities, e o dólar recuou contra o real nesta quinta-feira (10), à medida que investidores digeriam dados dos Estados Unidos, tentando decifrar indicativos em relação à próxima decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).
Na cena internacional, as atenções se voltaram para os preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, que subiram 0,2% na base mensal. Mercados também acompanharam o furacão Milton e os impactos da tempestade no economia norte-americana.
Diante deste cenário, o principal índice do mercado brasileiro encerrou com avanço de 0,30%, aos 130.352 pontos.
A bolsa foi apoiada pelas altas da Petrobras e Vale, em meio aos temores em relação ao conflito no Oriente Médio, que valorizaram as commodities como minério de ferro e petróleo.
O dólar oscilou em margens estreitas até fechar próximo da estabilidade, fechando em queda de 0,04%, cotado a R$ 5,584.
Cenário externo
A inflação aos consumidores dos EUA subiu 0,2% em setembro, segundo dados publicados mais cedo, acima das expectativas de 0,1% dos analistas.
Em 12 meses, o CPI foi a 2,4%, desacelerando em relação à taxa anual de 2,5% em agosto
O CPI, que mede as variações de preços de bens e serviços comumente adquiridos, foi de 2,4% nos 12 meses encerrados em setembro, desacelerando em relação à taxa anual de 2,5% em agosto.
Excluindo os custos com alimentos e energia, categorias que normalmente são bastante voláteis, o índice básico subiu 0,3% em setembro, elevando a taxa anual para 3,3%, após se manter firme em 3,2% nos últimos dois meses.
O movimento impactou nas expectativas dos analistas para os próximos passos do Fed. A maior parte do mercado prevê que redução de 0,25 ponto em novembro, após corte de 0,5 ponto no mês passado, segundo dados da CME Group.
Também ficou no radar dados do mercado de trabalho, que mostram que o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou na semana passada, parcialmente impulsionado pelo furacão Helene e por dispensas temporárias na Boeing em meio a uma greve de quase quatro semanas na fabricante de aviões.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 33 mil na semana passada, chegando a 258 mil em dado com ajuste sazonal na semana encerrada em 5 de outubro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (10).
*Com informações de Reuters