Nunes insiste em três debates; Boulos garante ida a todos os confrontos
Prefeito pede a veículos que negociem confrontos conjuntos; deputado aceitará todos os convites
A realização de debates transformou-se em um dos principais focos de divergência entre as campanhas de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL).
O prefeito insistirá em reduzir o número de embates, negociando com veículos de comunicação a realização de pools. Mas Boulos garante que atenderá a todos os convites.
A campanha de Nunes divulgou nota nesta semana justificando o pedido para que os veículos se reúnam.
Segundo a equipe do prefeito, 8 de 12 veículos têm demonstrado essa disposição. “O pedido de 3 eventos está no limite histórico de debates realizados em segundo turno na história da cidade de São Paulo. Nunca houve mais que isso”, afirma a nota.
“Nós estaremos em todos os debates aos quais formos convidados, sem exceção”, afirmou Rui Falcão (PT-SP), um dos coordenadores da campanha de Boulos à prefeitura paulistana.
“Nossa disposição é ir a todos, desde que as regras preservem um bom debate”, emendou. A exceção, explicou Falcão, só se aplicará no caso de haver conflito de horário entre dois debates diferentes. Nesse caso, o pedido da campanha é para que os veículos aceitem remanejar a agenda para evitar o conflito.
Nesta manhã, Boulos compareceu sozinho ao debate organizado pelos jornais O Globo, Valor Econômico e rádio CBN.
Embora o candidato tenha podido fazer perguntas à cadeira vazia, aliados de Boulos dizem que esta nunca foi uma exigência da campanha nas negociações com veículos de comunicação. Há, atualmente, outros 11 convites para debates em avaliação pelas campanhas em São Paulo.
Nesta quinta, a campanha de Nunes soltou uma nova nota a respeito dos debates. Com duras críticas a Boulos, a quem acusa de divulgar “mentiras”, a campanha emedebista criticou as declarações feitas pelo candidato do PSOL no debate ao qual Nunes faltou.
Segundo a nota, Boulos teria concordado anteriormente com o limite ao número de debates. “O seu sistemático e calculado discurso de ódio só o levará a dois lugares: o recorde de rejeição e a novas condenações judiciais”, diz a nota.
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