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    Empresa é condenada a indenizar ex-funcionária que foi vítima de homofobia

    "Ela é muito bonita para ser gay", teria afirmado a chefe da vítima durante uma reunião de trabalho

    Dayres VitoriaJulia Fariasda CNN* , em São Paulo

    A Justiça do Trabalho condenou uma empresa de Goiânia a pagar indenização por danos morais a uma ex-funcionária que, segundo o processo, foi ridicularizada em diversas ocasiões por conta de sua orientação sexual. O nome da empresa não foi informado.

    A empresa, do ramos de cartões de crédito, tem sede em Fortaleza (CE) e filial em Goiânia, onde aconteceu o fato. A vítima, uma gerente da unidade, entrou com uma ação trabalhista contra a companhia alegando ter sido constrangida com falas homofóbicas proferidas pela chefe dela durante reuniões.

    Segundo a condenação, expedida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, além das falas constrangedoras, a funcionária também era constantemente ameaçada de ser demitida caso não atingisse as metas.

     

    De acordo com testemunhas que foram ouvidas no caso, em um dos episódios, a líder regional da empresa disse que a vítima era “muito bonita para ser gay”.

     

    Questionada pela Justiça, a empresa negou as acusações e garantiu que as cobranças em relação ao trabalho estavam dentro dos padrões éticos.

    Para o relator do caso, o desembargador Welington Luis Peixoto, o tratamento dado à trabalhadora vai além do individual, não afetando apenas a ela como também o coletivo.

    “A dissipação de comentários que reforçam estereótipos fortalece os preconceitos e padrões pré-estabelecidos, culminando com a exclusão social daqueles que não seguem orientação heterossexual”, afirmou o desembargador após a decisão.

    * Sob supervisão

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