Aliados consideram que Marçal foi “traído pela vaidade” ao publicar “laudo” de Boulos
Candidato do PRTB confiou “demais em suas convicções”, diz membro da campanha
Encerrando a disputa pela prefeitura de São Paulo em terceiro lugar, o candidato do PRTB, Pablo Marçal foi “traído pela vaidade” e caiu em uma cilada ao publicar laudo com uma assinatura considerada falsa pela perícia da Polícia Civil e pela Polícia Federal. O documento citava um suposto uso de drogas por parte de Guilherme Boulos, do PSOL.
Quem esteve com Marçal na campanha avalia que o candidato foi induzido ao erro ao confiar demais em suas convicções e dobrar a aposta sobre a acusação de uso de cocaína por Boulos.
Segundo um aliado muito atuante na campanha, a acusação falsa, prontamente desmentida, foi primordial para que Marçal perdesse terreno e não ocupasse um lugar no segundo turno. Ao fim da apuração, Ricardo Nunes (MDB) teve 29,4% dos votos; Guilherme Boulos (PSOL) teve 29% e Marçal, 28,1%.
A leitura é compartilhada por Leonardo Avalanche, presidente do PRTB: “Deixamos de ganhar uma eleição. É um sistema pesado, tiraram as redes sociais dele”, disse, considerando um erro da campanha a aposta na publicação.
“Essa questão do laudo, acho que pegou aquele eleitorado indeciso e mudou um pouco em si. Eu acho que quem o orientou a fazer isso cometeu um grande erro”, disse.
Antes mesmo da definição do primeiro turno, Marçal já havia tentado se distanciar da responsabilidade pela acusação. “Eu recebi e publiquei”, disse Marçal no sábado (5).
40% dos eleitores não se identificam nem com direita nem com esquerda