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    “Não falo sobre candidato algum, pois sou juíza do Brasil inteiro”, afirma Cármen Lúcia

    Questionada por jornalistas, ministra evitou comentar situação envolvendo candidatos Pablo Marçal e Guilherme Boulos, de São Paulo

    Leonardo Ribbeiroda CNN , em Brasília

    A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não quis comentar o fato de o candidato a prefeito de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) ter divulgado um laudo falso sobre o adversário Guilherme Boulos (PSOL).

    “Não falo sobre candidato algum, pois sou juíza do Brasil inteiro”, afirmou Cármen Lúcia durante conversa com jornalistas no início da tarde deste domingo (6), no Centro de Divulgação das Eleições (CDE).

    Marçal publicou em suas redes sociais um receituário médico em que era dito que Boulos, no dia 19 de janeiro de 2021, havia sido atendido na clínica médica Mais Consulta, no bairro do Jabaquara, na Zona Sul de São Paulo, com “quadro de surto psicótico grave, em delírio persecutório e ideias homicidas”.

    A publicação em que o candidato Marçal acusava Boulos de uso de cocaína foi retirada do ar pelo Instagram ainda na sexta-feira (4). A publicação ficou disponível por cerca de 1 hora e 30 minutos.

    Como a CNN mostrou, o registro do médico que aparece no receituário postado por Marçal é de José Roberto de Souza e está inativo por falecimento, de acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM).

    Segundo Boulos, o dono da clínica, Luiz Teixeira, seria um apoiador de Marçal e teria falsificado o documento. O candidato do PSOL afirmou que, no dia posterior ao que consta no prontuário médico, ele estava na Comunidade do Vietnã, na Zona Sul, “fazendo distribuição de cesta básica”.

    PF investiga ao caso

    A Polícia Federal (PF) abriu uma investigação para apurar o suposto laudo. O inquérito foi aberto por um delegado da PF na superintendência de São Paulo, segundo apurou a CNN.

    O TSE recebeu a denúncia do laudo publicado por Marçal e acionou as autoridades competentes. O órgão encaminhou para o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), que enviou o caso para a PF.

    O TRE-SP determinou que Marçal (PRTB) exclua das suas redes sociais vídeos em que faz referência ao laudo que relata um suposto uso de cocaína por parte de Boulos.

    A CNN acompanha, em tempo real, a apuração dos votos em todas as cidades do Brasil neste domingo (6).

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