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    Israel ordena que mais moradores saiam do sul do Líbano, em meio a ataques

    Nas últimas semanas, avisos como esses antecederam bombardeios - às vezes por poucos minutos

    Ben WedemanCharbel MalloEyad Kourdida CNN

    Os militares israelenses pediram a saída de residentes de mais 19 aldeias no sul do Líbano, localizadas a menos de 30 quilômetros da fronteira com Israel.

    Os militares disseram aos moradores para se moverem cerca de 50 quilômetros mais para dentro do país.

    “Você deve imediatamente mover-se para o norte do rio Awali. Salvem suas vidas e evacuem suas casas imediatamente”, disse no X neste domingo (6) Avichay Adraee, porta-voz árabe das Forças de Defesa de Israel.

    Este anúncio segue uma série de avisos de evacuação israelenses ao longo da semana passada, que agora afeta um total de 124 aldeias.

    O rio Awali é ao norte da cidade de Sidon, e logo ao sul de Beirute. A massa total de terra ao sul do rio até a fronteira israelense representa um quarto do território libanês.

    O porta-voz das FDI também reiterou conselhos anteriores para os residentes evitarem viajar “usando veículos” mais ao sul do Líbano a partir do norte do rio Litani, que fica a cerca de 30 km da fronteira.

    Nas últimas duas semanas, os avisos de evacuação dos militares de Israel precederam imediatamente os ataques aéreos no sul do Líbano – às vezes por alguns minutos.

    Israel realiza uma campanha de bombardeios sem precedentes no país como parte da sua guerra contra o Hezbollah. O bombardeio tem, por vezes, visado áreas densamente povoadas, onde Israel diz que o grupo militante se inseriu intencionalmente na população civil, destruindo casas e forçando os moradores a fugir.

    Mais de 1.400 pessoas foram mortas e mais de um milhão deslocadas pela campanha israelense, segundo o governo libanês.

    Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio

    ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares. São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

    Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos. O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.

    As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.

    No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais. Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

    Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino. Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense.

    A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas. O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.

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