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    Mari Palma
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    Mari Palma

    Sou jornalista, com pós em moda, neurociência e comportamento. Também sou embaixadora da Marvel, fã de Friends e Beatles, 4 vezes tia e mãe de cachorro

    “Ninguém Quer”: a comédia romântica que todo mundo tava querendo

    Série chegou na Netflix despretensiosamente e logo entrou no primeiro lugar entre as mais vistas

    Atenção, você, adolescente dos anos 2000, que viveu o auge das comédias românticas comigo! Se você ainda não parou pra ver “Ninguém Quer”, da Netflix, você tá perdendo um grande momento da sua vida.

    Eu acredito, de verdade, que essa série foi feita especialmente pra gente, porque tem todos os elementos que mexem com as nossas lembranças, incluindo um tal de Adam Brody (que a gente conhece mais por Seth Cohen).

    Vamos pra história: a Joanne é uma apresentadora de podcast, junto com a irmã dela, Morgan. Elas falam sobre encontros, relacionamentos, sexo e muito mais, sempre com muita leveza e liberdade. Um belo dia, ela vai jantar na casa de uma amiga e conhece o Noah, um rabino que acabou de terminar um relacionamento.

    Duas personalidades e vidas muito diferentes que se encontram e acabam se conectando de um jeito bem especial. A partir daí, você imagina como a história se desenrola: uma paixão inesperada que precisa enfrentar muitos desafios pra, de fato, acontecer, e os dois serem felizes pra sempre.

    Ok, o clássico roteiro da comédia romântica. O que, então, faz essa ser tão especial?

    Confesso que não sei a resposta exata pra essa pergunta, mas sei que, a partir do momento que eu dei o play no primeiro episódio, eu fiquei grudada na frente da televisão, torcendo incondicionalmente por aquelas duas pessoas que claramente não têm nada a ver uma com a outra, mas que, por algum motivo, são perfeitas juntas.

    E, aqui, peço permissão pra dar um leve spoiler: o primeiro beijo deles acabou comigo, no nível de me fazer questionar a minha própria vida. É sério! A gente tava órfã de boas cenas de beijo há muito tempo, e essa quase explodiu a tela na minha frente com o tanto de química entre os dois.

    Acho que esse é, inclusive, um dos pontos fortes da série: a escolha dos protagonistas. De um lado, como eu disse no começo do texto, Adam Brody: um dos maiores crushes adolescentes nos anos 2000 que, do mais absoluto nada, ressuscitou no nosso coração, aparecendo como um homem charmoso, educado, gentil, engraçado e todos os bons adjetivos que você pode imaginar.

    Do outro, Kristen Bell: nossa eterna Veronica Mars, voz responsável pelas maiores fofocas do Upper East Side de Nova York (sim, ela era a Gossip Girl) e moradora caótica do Good Place (ou bad?). Os dois, juntos, como o casal mais improvável que você vai amar.

    A história deles pode parecer só mais uma história de amor, mas é também sobre respeitar quem você é, se abrir pra novas experiências, ceder, ter conversas difíceis, aceitar diferenças e ser leve no processo, seja ele qual for.

    Eu vi os 10 episódios de uma vez no último domingo, sem grandes expectativas, e terminei com uma sensação boa de que minhas comédias românticas, enfim, estão de volta, com direito a tudo que a gente tanto ama. Ah, terminei também, de leve, desesperada, querendo mandar mensagem pro SAC da Netflix pra saber quando chega a segunda temporada. Se alguém souber, por favor, me avisa?

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