Pessoas se preparam para comemorar ano novo judaico normalmente, relata jornalista à CNN
Apesar de ataques recentes do Irã e tensões com o Líbano, israelenses buscam normalidade nas celebrações do Rosh Hashaná, relata jornalista
Em meio a crescentes tensões no Oriente Médio, Israel se prepara para celebrar o Rosh Hashaná, o Ano Novo Judaico, em um clima de aparente normalidade, apesar dos recentes ataques do Irã e da contínua ameaça de conflitos regionais.
O jornalista correspondente do Instituto Brasil-Israel, Henrique Cymerman, relatou à CNN nesta quarta-feira (2) que, surpreendentemente, a população israelense planeja comemorar o feriado de forma tradicional, mesmo após os recentes eventos que abalaram a região.
Contrastes marcantes nas ruas de Israel
Cymerman descreveu um cenário de contrastes nas ruas israelenses. “Eu vi os cafés cheios, via os restaurantes cheios, um ambiente típico da véspera do ano novo judaico’, relatou o jornalista. No entanto, essa aparente normalidade foi interrompida por ‘estrondos de mísseis que caíam no mar, não interceptados, que vinham do Líbano”.
O correspondente também mencionou um atentado terrorista ocorrido próximo à sua residência no sul de Tel Aviv, onde dois terroristas palestinos mataram sete civis. Pouco depois, sirenes soaram anunciando um ataque do Irã que durou mais de uma hora, forçando os residentes a se abrigarem.
Apesar desses incidentes alarmantes, Cymerman observou que “hoje de manhã volta a vida normal. É incrível como as ruas estão cheias, as lojas estão cheias, as pessoas preparam-se para o jantar da Rosh Hashaná”.
Um desejo por normalidade
O jornalista notou uma mudança sutil, mas significativa, nas tradicionais saudações de Ano Novo. “Normalmente as pessoas dizem umas às outras bom ano, Shaná Tová. Este ano eu ouço cada vez mais gente que diz um ano normal, é o que nós desejamos, um ano normal e sem dramas”, relatou.
Esta busca por normalidade ocorre quase um ano após o massacre de 7 de outubro perpetrado pelo Hamas no sul de Israel, um evento que Cymerman descreve como tendo “aberto as portas do inferno” e desencadeado os conflitos atuais em múltiplas frentes na região.