Palestino morre na Cisjordânia durante ataque com mísseis do Irã, dizem militares
Ao menos duas pessoas ficaram feridas em Tel Aviv por estilhaços
Ao menos uma pessoa foi morta e várias ficaram feridas após o Irã lançar um ataque com mísseis nesta terça-feira (1°), de acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI).
Um palestino foi morto em Jericó como resultado dos ataques, disse o porta-voz internacional das FDI, Nadav Shoshani, a Jake Tapper, da CNN.
O hospital em Jericó, uma cidade na Cisjordânia ocupada, que tratou do homem, afirmou que ele morreu devido a ferimentos causados por estilhaços de um míssil interceptador lançado por Israel para conter o ataque.
Shoshani pontuou que o ataque com quase 200 mísseis do Irã em direção a Israel foi uma tentativa de “ferir e matar civis” e arriscou “arrastar a região para uma escalada mais ampla”.
Questionado se Israel faria uma retaliação, ele disse: “nós escolheremos o momento, o lugar e a maneira como responderemos a este ataque ultrajante contra cidadãos israelenses”.
Duas pessoas ficaram levemente feridas por estilhaços em Tel Aviv, pontuaram os serviços de emergência Magen David Adom, de Israel.
Entenda o conflito no Oriente Médio
O ataque do Irã contra Israel acontece em meio à guerra entre o Exército israelense e o Hezbollah, grupo paramilitar libanês apoiado pelo governo iraniano.
A ofensiva ocorre um dia após o Exército de Israel iniciar uma “operação terrestre limitada” no Líbano.
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões no país vizinho. No dia 23 de setembro, o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, conforme confirmado pelo próprio grupo.
Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.