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    Naufrágio na Garganta do Diabo: o que se sabe sobre o acidente

    Embarcação levava sete pessoas; cinco foram resgatadas e duas seguem desaparecidas desde domingo (29)

    Beto Souzada CNN

    O desaparecimento de duas pessoas após o naufrágio de uma embarcação na Garganta do Diabo, região entre a Ilha Porchat e a Praia de Paranapuã, em São Vicente, litoral de São Paulo, na noite do último domingo (29), têm sido motivo de buscas incessantes.

    As buscas iniciaram ainda na noite de domingo, por volta de 19h18, quando o Corpo de Bombeiros foram acionados por moradores, que identificaram uma pequena embarcação naufragar. Dentro estavam sete pessoas. Não se sabe se elas estavam usando coletes salva-vidas.

    Uma das pessoas que sobreviveu contou, nas redes sociais, como conseguiu se salvar. “Foi um desespero total, eu não sei nadar e as ondas eram muito fortes”, disse Camila Alves.

    Ainda não há informações sobre as causas do acidente. A polícia civil está investigando o caso. As buscas foram retomadas na manhã desta terça-feira (1).

    Nas redes sociais, a imagem dos destroços da embarcação que naufragou foram reproduzidas. Veja.

    Local em que a embarcação naufragou • Reprodução/Redes Sociais

    Primeiros resgates

    A embarcação levava sete pessoas, sendo cinco mulheres e dois homens. Segundo os bombeiros, cinco pessoas foram resgatadas nas duas primeiras horas após o naufrágio. Destes foram dois homens e três mulheres socorridas.

    Segundo o Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar), os sobreviventes relataram serem duas mulheres que se desgarraram do grupo no momento do naufrágio. Não se sabe se elas estavam usando coletes salva-vidas.

    O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fez o transporte dos primeiros resgatados. As três mulheres e um dos homens foram encaminhados ao Pronto Socorro Central de São Vicente e já receberam alta. O outro resgatado dispensou atendimento médico.

    Um vídeo gravado por um morador da cidade, que estava no local, registrou a movimentação durante o atendimento das vítimas.

    Veja o vídeo:

    (Reprodução/Loja de Móveis Novos e Usados Pepe)

    Buscas continuam

    As buscas pelos desaparecidos tiveram início logo após o ocorrido, sendo retomadas na manhã de segunda-feira (30), para tentar localizar ambas as vítimas que seguem desaparecidas.

    A CNN conversou com GBMar, nesta terça-feira (1), que confirmou a continuação das buscas pelas duas mulheres desaparecidas após o naufrágio de uma embarcação pequena em São Vicente, no litoral de São Paulo.

    A região onde a embarcação naufragou, chamada de “Garganta do Diabo”, é considerada perigosa devido às fortes correntezas e ondulações no mar, resultantes em inúmeros afogamentos.

    Local do acidente

    Um estreitamento na entrada da Baía de São Vicente é a construção natural que deu origem a chamada Garganta do Diabo, caracterizada por ser uma espécie de fenda.

    A região recebe influência de correntezas que vêm do sul e que avançam sobre a baía com força. As ondas elevadas são formadas pelo excesso de deposição de sedimentos nesta área. A Garganta do Diabo está posicionada entre a Ilha Porchat e o Parque Estadual Xixová-Japuí, funcionando como entrada para a Baía de São Vicente, e sendo o acesso aos locais como praia do Gonzaguinha e à Ponte Pênsil.

    Em depoimento para CNN, Pedro Felipe Costa Pedroza Martins, 1º Tenente da Polícia Militar e porta-voz do GBMar, explicou que o local tem partes rasas, favorecendo também o surgimento de ondas de alturas elevadas, que podem atingir uma altura de até 4 metros.

    No momento que os bombeiros receberam o chamado para atender a ocorrência, a altura das ondas era de 1,5 metro.

    “É uma altura considerável e facilmente capaz de virar uma embarcação”, afirma Martins.

    Os perigos e os riscos que esta região pode causar contribuíram para a alcunha da região, diz o Tenente Pedro Felipe Costa Pedroza Martins, do GBMar.

    “O nome Garganta do Diabo se dá por conta dessas condições. A navegação é difícil e o acesso à Baía de São Vicente exige algumas peculiaridades. Não é uma navegação simples de ser feita” completa.

    Veja imagem do local

    • Google Earth/Reprodução

     

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