Petróleo fecha em queda, de olho na China, tensões no Oriente Médio e Opep+
Desaceleração de economias e confito de Israel pode derrubar demanda e oferta de petróleo
Os contratos do petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira (30). A commodity oscilou entre ganhos e perdas durante a sessão, com investidores atentos à possibilidade de desaceleração da economia da China e do globo como um todo.
Além disso, o mercado acompanha os desdobramentos do conflito entre Israel e o Hezbollah, conforme as tensões crescem na região, e monitora uma possível ampliação da oferta do óleo, com o fim das reduções voluntárias de países integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou perto da estabilidade, com queda de 0,01% (US$ 0,01), a US$ 68,18 o barril, enquanto o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 0,29% (US$ 0,21), a US$ 71,77 o barril.
No mês, o WTI recuou 7,3%; e o Brent caiu 6,7%. O trimestre fechou em queda para o WTI e o Brend, de 16,3% e 15,5%, respectivamente.
O receio no mercado de petróleo é que o conflito no Oriente Médio se alastre para outros países e reduza a oferta da commodity – o que fortaleceria o valor do barril.
Durante parte do pregão, estas pressões chegaram a impulsionar os preços, que subiram perto de 1%.
Porém, no segundo plano, a possibilidade de aumento na produção da Opep+ e de desaquecimento da economia mundial – com efeitos respectivamente sobre a oferta e a demanda do petróleo – pesaram sobre o valor do óleo.
“Estamos partindo da premissa de que a decisão saudita da semana passada de aumentar a produção em dezembro será uma consideração primordial de baixa para esse mercado nas próximas semanas”, disse a Ritterbusch and Associates, em uma nota.
A empresa prevê que os preços podem cair durante todo o mês de outubro se o aumento da produção for confirmado por um dos maiores produtores da commodity no mundo.