Reino Unido será primeiro país do G7 a fechar todas as usinas de energia a carvão
Em 2015, 30% da eletricidade do país vinha do carvão; governo também planeja "descarbonizar" setor elétrico até 2030
O Reino Unido se tornará o primeiro país do G7 a encerrar a produção de energia a carvão nesta segunda-feira (30) com o fechamento de sua última usina do tipo, a Ratcliffe-on-Soar, da Uniper, em Midlands, na Inglaterra.
Isso encerrará mais de 140 anos de energia a carvão no Reino Unido.
Em 2015, o país anunciou planos de fechar usinas a carvão na próxima década como parte de medidas mais amplas para atingir suas metas climáticas. Naquela época, quase 30% da eletricidade do país vinha do carvão, mas isso caiu para pouco mais de 1% no ano passado.
A queda na produção de energia a carvão ajudou a reduzir as emissões de gases de efeito estufa no Reino Unido, que caíram mais da metade desde 1990.
O país, que tem como meta atingir emissões líquidas zero até 2050, também planeja “descarbonizar” o setor elétrico até 2030, uma medida que exigirá um rápido aumento na utilização energia renovável, como eólica e solar.
As emissões provenientes da geração de energia equivalem a cerca de três quartos do total de emissões de gases de efeito estufa, e cientistas pontuam que o uso de combustíveis fósseis deve ser contido para atingir as metas definidas no acordo climático de Paris.
Em abril, os principais países industrializados do G7 concordaram em abandonar a energia a carvão na primeira metade da próxima década, mas também deram alguma margem de manobra para economias que são fortemente dependentes do carvão, atraindo críticas de grupos ativistas.
A energia a carvão ainda compõe mais de 25% da eletricidade da Alemanha e mais de 30% da energia do Japão.