Companhias aéreas estendem suspensões de voos para Beirute
Israel lançou um ataque aéreo próximo ao centro da capital do Líbano
Companhias áreas estenderam cancelamentos de voos na rota do Líbano em meio a temores de escalada na região.
A companhia aérea Flydubai cancelou voos de Dubai para Beirute até 7 de outubro, enquanto a Emirates estendeu os cancelamentos de voos nesta rota até 8 de outubro.
Em uma declaração à CNN, a Emirates disse: “A segurança da tripulação e dos clientes é nossa principal prioridade e não será comprometida.” Ambas as companhias aéreas declararam que “continuarão monitorando a situação de perto.”
A Qatar Airways suspendeu voos de e para Beirute até novo aviso, citando “a situação atual no Líbano.”
Na semana passada, o Lufthansa Group estendeu as suspensões de voos para Beirute até 26 de outubro.
Ataques aéreos atingiram Beirute nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (30), a primeira vez que as ofensivas chegaram próximas ao centro da capital libanesa no atual conflito.
Até então, os ataques aéreos de Israel em Beirute se concentraram na parte sul da cidade, os bairros densamente povoados e predominantemente xiitas onde o Hezbollah possui um reduto.
Entenda a guerra entre Israel e Hezbollah
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano. No dia 23 de setembro, o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.
O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, conforme confirmado pelo próprio grupo.
Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.