Poluição no Acre provoca suspensão de aulas e greve nos Correios
Situação é agravada pela fumaça das queimadas; o Estado do Acre vivencia a maior seca já registrada no manancial
Os níveis de poluição na região do Acre estão elevados devido à fumaça das queimadas, que afetam a saúde da população e segue paralisando atividades no estado.
No mês de setembro, o Acre registrou 3.244 focos de incêndio, sendo que no dia 13/09 foi registrado o maior pico de focos por dia, chegando a 441, segundo o INPE.
As aulas nas escolas da rede estadual de ensino nos municípios de Rio Branco, Porto Acre, Senador Guiomard e Bujari, foram suspensas na tarde da última sexta-feira (20) e estão previstas para voltar na próxima quarta-feira (25), devido aos índices de concentração de partículas no ar, junto da classificação de qualidade atmosférica péssima.
A ação é realizada por meio da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) e do Comitê de Crise, anteriormente as aulas voltariam nesta segunda-feira (23), devido à redução dos níveis de partículas, mas infelizmente houve uma piora.
O ar de Rio Branco, capital do Acre, no início do mês de setembro, ficou quase 30 vezes mais poluído que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo a plataforma IQAir.
Na manhã da última sexta-feira (20), os trabalhadores dos Correios entraram em greve, por conta da preocupação com a saúde dos funcionários e a falta de equipamentos de proteção individual adequados.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Acre argumentou que a empresa não teria fornecido as condições mínimas de segurança para os funcionários poderem realizar suas atividades em meio à intensa poluição.
A CNN procurou os Correios, que compartilhou que apenas um empregado aderiu ao movimento da greve no Acre, já que desde a semana passada os eles estão disponibilizando máscaras para os carteiros que atuam na entrega, e mudado as entregas do período da tarde para a manhã.
Desse modo não houve nenhum impacto no serviço dos Correios do Acre.
Queimadas
As queimadas estão sendo combatidas pelo Corpo de Bombeiros, Polícia Federal e pelo Ibama, com atenção especial aos incêndios florestais que devastam a Amazônia e o Pantanal, que levam suas fumaças para diversas regiões do Acre.
O Ministério Público do Acre, criou medidas para combater os incêndios florestais, a ação estabelece ações a serem implementadas para garantir a alocação de recursos humanos, financeiros e logísticos para mitigar os incêndios e coibir o desmatamento ilegal.
Segundo o Ibama, o Brasil enfrenta a pior estiagem em 75 anos, a atual situação de seca e o agravamento dos incêndios no Acre são reflexos de condições climáticas severas, como a intensificação da estiagem e a baixa umidade do ar, que favorecem a propagação de focos de incêndio.
Situação da Seca
O governo do Acre, divulgou que o estado vivencia a maior seca já registrada no manancial, o nível do Rio Acre atingiu seu ponto mais baixo no último sábado (21), marcando 1,23 metro, superando a marca anterior de 1,25 metro, registrada em 2 de outubro de 2022.
No último domingo (22), houve um aumento de 2 centímetros, passando para a cota de 1,25 metro.
O governo e as instituições seguem no combate das queimadas, para melhora da poluição e da seca que o Estado do Acre enfrenta.