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    Membro do Fed vê redução no ritmo de cortes de juros, mas reforça foco no mercado de trabalho

    "Estamos cautelosos sobre declarar vitória contra a inflação, mas balança de riscos claramente mudou", afirmou em entrevista à CNBC

    Laís Adriana, do Estadão Conteúdo

    O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou nesta segunda-feira (23) que, apesar de ter apoiado o corte de juros de 50 pontos-base (pb) em setembro, o ritmo de flexibilização monetária deve diminuir nas próximas reuniões do BC dos Estados Unidos.

    Em entrevista à CNBC, o dirigente afirmou que vê mais 50 pb de redução acumulada dos juros em 2024, com dois cortes de 25 pb cada em novembro e em dezembro.

    “Estamos cautelosos sobre declarar vitória contra a inflação, mas balança de riscos claramente mudou.

    Queremos manter o mercado de trabalho forte”, afirmou Kashkari. “Estive no lado mais hawkish do comitê nos últimos anos e ainda vejo a política monetária restritiva, mesmo com o corte de 50 pontos-base”, pontuou, citando seu artigo divulgado nesta manhã, antes da entrevista.

    O dirigente afirmou que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) espera alcançar o pouso suave cumprindo ambos os mandatos e que cortes maiores do que os previstos atualmente só devem acontecer se os dados exigirem.

    De acordo com ele, o Fed gostaria de eventualmente retornar os juros para o nível neutro, mas os dirigentes ainda não sabem “exatamente” qual seria este nível.

    De todo modo, a visão sobre a necessidade de reduzir o nível de restrição dos juros foi “unânime”, segundo Kashkari.

    “Apesar das divergências sobre o tamanho da redução, ninguém no FOMC considerou a manutenção dos juros, nem mesmo Bowman”, afirmou, em referência a diretora do BC norte-americano, Michelle Bowman, a única a votar por um corte menor, de 25 pontos-base.

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