Onze razões para o Corinthians enxergar a luz no fim do túnel
Clássico contra o São Paulo, em caso de vitória alvinegra, pode tirar o time da zona de rebaixamento
Há motivos de esperança para o torcedor do Corinthians. Embora continue na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, o time começa a ver uma luz no fim do túnel.
Alguns pontos contribuem para que a previsão aponte nuvens menos carregadas sobre o Parque São Jorge.
Separei 11, um para cada rodada que falta para o fim do Campeonato Brasileiro.
1 – O Corinthians está jogando bem. Mesmo oscilando de um tempo para outro das partidas, há algumas semanas o time tem mostrado que, finalmente, sabe o que faz em campo, com atuações convincentes.
2 – Há um novo time em campo. No empate por 2 a 2 com o São Paulo, no primeiro turno, esta foi a escalação inicial do Corinthians: Carlos Miguel; Matheuzinho, Cacá, Caetano e Hugo; Raniele e Moscardo; Mosquito, Coronado e Wesley; Yuri Alberto. A equipe que derrotou o Atlético Goianiense no último sábado foi: Hugo Souza; Fágner, Gustavo Henrique, Cacá e Matheus Bidu; José Martínez, Charles, Breno Bidon e Garro; Romero e Yuri Alberto.
3 – Entre os titulares do primeiro turno, apenas Cacá e Yuri Alberto começaram a partida de sábado. Além disso, muitos jogadores foram contratados e se firmaram, como o zagueiro André Ramalho, e outros acabaram de chegar e fatalmente jogarão como titulares, casos do peruano André Carrillo e do holandês Memphis Depay.
4 – A pauta mudou no ambiente interno do clube. Antes, a questão da dívida astronômica de R$ 2,3 bilhões era manchete quando se falava de Corinthians. A ousada contratação de Memphis Depay encheu de brios o torcedor corintiano e vendeu uma ideia de poderio econômico e futebolístico que há muito não se via nas alamedas do Parque São Jorge.
5 – Ao que tudo indica, os salários dos jogadores estão sendo pagos em dia. Pelo menos, não vazam informações sobre atrasos, como era frequente há algum tempo. Esse é um fator determinante para um ambiente de trabalho tranquilo no futebol. Ainda mais no Corinthians, onde as paredes dos vestiários têm ouvidos.
6 – Após a rodada 27, o Corinthians ganhou duas posições em relação ao desempenho final do primeiro turno: subiu de 15º para 13º. No turno, o time somou 19 pontos em 19 jogos. No returno, são nove pontos em oito partidas. Houve ligeira melhora no aproveitamento, de 33,33% para 37,50%
7 – O time acumula saldo positivo de gols no returno. Ainda que seja mínimo, de apenas um gol, é um alento em relação ao primeiro turno, quando o Corinthians fechou 19 partidas com saldo negativo de oito.
8 – A família Díaz aliviou o ambiente. A dupla de comando alvinegra, formada pelo pai, o experiente Ramón, e o filho Emiliano, efetivamente tirou o peso do dia-a-dia no Corinthians. Desde a maneira como se comportam em entrevistas coletivas e no banco, a conexão com o torcedor mudou. Pai e filho se comunicam muito bem com a Fiel torcida, sem parecer forçado.
9 – A tabela da rodada 28 do Brasileiro, na teoria, é bastante favorável ao Corinthians pelo encaixe de confrontos dos adversários na luta contra o rebaixamento. O Vitória enfrentará o Internacional, em franca ascensão, em Porto Alegre. O Criciúma vai a Salvador pegar o Bahia. O Cuiabá encara o Fortaleza, no Nordeste. Atlético Goianiense e Fluminense se enfrentam em Goiânia, e Juventude e Bragantino jogam em Caxias, e o Athletico Paranaense joga fora de casa com o Flamengo.
10 – Para fazer a sua parte, o Corinthians precisa derrotar o São Paulo, no clássico paulista da rodada. A partida seria no Morumbi, mas o São Paulo vendeu o mando para uma empresa que levou o jogo para Brasília. Caso se repita o procedimento de Vasco x Palmeiras, as torcidas estarão divididas, o que não aconteceria se a partida fosse no Morumbi, que teria apenas a torcida tricolor.
11 – Por fim, os números da família Díaz no Brasileirão abrem a porta da esperança. Em onze partidas, a dupla teve quatro vitórias, quatro empates e três derrotas. São 16 pontos. Caso repita esse desempenho nas onze partidas restantes, o time alcançaria 44 pontos. Desde 2006, quando o Brasileirão estabeleceu o formato atual, com 20 clubes, a média de pontuação do décimo-sexto colocado, o primeiro fora da zona de rebaixamento, é de 43 pontos.