Américo: Estados-pêndulo têm imigração como ponto decisivo para escolher candidato
Pesquisa do New York Times mostra vantagem do ex-presidente em Arizona, Geórgia e Carolina do Norte, onde questão migratória é central para eleitores
Segundo as recentes pesquisas de intenção de voto para a Presidência dos Estados Unidos, os chamados “estados-pêndulo” podem ser decisivos em mais um pleito.
De acordo com o analista sênior Américo Martins, a questão da imigração emerge como um ponto decisivo para os eleitores desses estados na escolha de seu candidato. A proximidade geográfica com a fronteira mexicana, especialmente no caso do Arizona, torna o tema particularmente sensível para a população local.
Disputa acirrada nos “estados-pêndulo”
A Carolina do Norte, onde Trump venceu por uma margem estreita em 2020, surpreende ao mostrar uma aproximação entre a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente. Embora Trump mantenha uma ligeira vantagem, a disputa promete ser acirrada.
Nos outros dois estados, Arizona e Geórgia, as pesquisas indicam uma vantagem pequena, mas consistente, para Trump. Esses resultados complementam levantamentos anteriores que apontavam uma leve preferência por Harris nos estados do ‘Cinturão da Ferrugem’, ao norte, especialmente na Pensilvânia.
Eleições decididas por margens estreitas
Américo Martins ressalta que as pesquisas confirmam a expectativa de eleições extremamente disputadas, com resultados potencialmente decididos por poucos milhares de votos. Estados como Pensilvânia e Geórgia ganham destaque devido ao número significativo de delegados que representam no colégio eleitoral.
O analista enfatiza a importância de focar nas pesquisas estaduais, em vez das nacionais, devido ao sistema eleitoral americano, onde cada estado elege delegados para o colégio eleitoral. Se a eleição fosse decidida pelo voto popular direto, Harris estaria em posição mais confortável.
A Geórgia merece atenção especial devido às controvérsias das últimas eleições, incluindo acusações de tentativa de interferência no resultado por parte de Trump. Embora o ex-presidente enfrente processos judiciais relacionados a esse e outros casos, ele ainda pode concorrer, já que não existe uma lei equivalente à ‘ficha limpa’ nos Estados Unidos.
Com a eleição marcada para 5 de novembro, a mobilização dos eleitores indecisos e o comparecimento às urnas serão fatores cruciais. Como o voto não é obrigatório nos EUA, as campanhas de ambos os partidos terão um papel decisivo na criação de momentum e no estímulo à participação eleitoral.