Polícia do RJ identifica 34 suspeitos de iniciar incêndios criminosos
Até o momento, cinco pessoas foram presas e nove pessoas foram indiciadas
A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou 34 pessoas como autores dos incêndios criminosos praticados no estado. Até o momento, cinco pessoas foram presas e nove pessoas foram indiciadas. As equipes aguardam os laudos da perícia para indiciar os outros investigados.
Segundo o Secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, os prejuízos ao meio ambiente foram incalculáveis.
“O custo para recuperar esses ecossistemas é incalculável, por conta das vidas que se perderam. Não temos, por exemplo, como colocar preço na vida de um animal silvestre. Isso sem falar no prejuízo com a emissão de créditos de carbono, tão importantes para o nosso estado. Nossas ações estão sendo assertivas no combate a este tipo de crime”, explicou.
Durante as queimadas, agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), em parceria com delegacias do interior, realizaram diligências para apurar a origem dos incêndios.
Na Região Serrana do Rio de Janeiro, o trabalho da perícia foi realizado em três focos das chamas. Durante as investigações, os policiais conseguiram identificar um adolescente. Ele foi à delegacia com o responsável e admitiu ter colocado fogo na área de mata que fica em Pedro do Rio e Secretário, distritos de Petrópolis.
Os agentes também ouviram testemunhas e analisaram imagens de câmeras de segurança da região de Vila Inglesa, em Petrópolis, e no Parque Nacional da Serra da Tiririca, em Niterói.
Na quarta-feira (18), após ação conjunta com a 91ª Delegacia de Valença, os policiais conseguiram prender o homem de 61 anos que foi flagrado ateando fogo na área de proteção da Serra da Beleza. Ele ateou fogo na altura do KM 52, na margem da rodovia RJ-143. Com este suspeito foi encontrada uma moto, as roupas e o capacete que ele usou no dia do registro.
A operação contra os incêndios criminosos foi chamada de Operação Curupira. Além dos agentes da polícia civil, a operação teve apoio da Secretaria Estadual do Ambiente (Seas) e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
A polícia informou que a investigação continua para identificar os suspeitos e criminalizar os responsáveis pelos incêndios.
A operação é coordenada pela Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional (SSPIO) através do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) e do Departamento Geral de Polícia do Interior do Rio.
O Corpo de Bombeiros informou que não há nenhum foco de incêndio ativo no momento em todo o estado.