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    BC do Japão mantém taxa de juros e sinaliza que não há pressa em novo aumento

    O presidente do banco central, Kazuo Ueda, disse que a economia do Japão está avançando de acordo com as previsões

    Reuters

    O Banco do Japão manteve a taxa de juros nesta sexta-feira (20) e seu presidente governador disse que o banco central pode passar algum tempo observando as consequências das incertezas econômicas globais, sinalizando que não há pressa em aumentar ainda mais os custos dos empréstimos.

    Os comentários pressionaram o iene para baixo, aumentando a incerteza sobre se o Banco do Japão poderia aumentar os juros novamente este ano, como muitos participantes do mercado haviam previsto.

    O presidente do banco central, Kazuo Ueda, disse que a economia do Japão está avançando de acordo com as previsões, com o aumento dos salários elevando o consumo e mantendo a inflação no caminho certo para atingir de forma duradoura a meta de 2% do banco.

    No entanto, a volatilidade dos mercados financeiros e a incerteza sobre a possibilidade de a economia dos Estados Unidos conseguir um pouso suave fazem com que o Banco do Japão dedique mais tempo para determinar se serão necessários mais aumentos nas taxas, disse ele.

    “As perspectivas para o desenvolvimento econômico no exterior são altamente incertas. Os mercados continuam instáveis. Precisamos avaliar esses acontecimentos cuidadosamente por enquanto”, disse Ueda em uma coletiva de imprensa após a decisão amplamente esperada do Banco do Japão de manter a taxas de curto prazo em 0,25%.

    A recente recuperação do iene também moderou a pressão de alta sobre os custos de importação e diminuiu o risco de um aumento excessivo da inflação doméstica, disse ele.

    “Dessa forma, podemos nos dar ao luxo de gastar algum tempo para tomar uma decisão”, completou.

    O dólar saltou acima de 143 ienes após as falas de Ueda, que não deu fortes pistas sobre a chance de um aumento dos juros no curto prazo.

    “O presidente enfatizou os riscos que cercam a economia dos EUA e confirmou novamente a opinião de que o banco central não aumentará as taxas quando os mercados estiverem instáveis. Isso pode ter levado a uma diminuição das expectativas do mercado de um aumento no final do ano”, disse Atsushi Takeda, economista-chefe do Instituto de Pesquisas Itochu.

    “Mas esses riscos podem se dissipar. Acredito que ainda há uma chance de o Banco do Japão aumentar os juros em dezembro”, disse ele.

    O Banco do Japão deu fim às taxas de juros negativas em março e elevou os juros de curto prazo para 0,25% em julho, em uma mudança marcante em relação a um programa de estímulo de uma década que visava estimular a inflação e o crescimento econômico.

    A maioria dos economistas entrevistados pela Reuters neste mês esperava que o Banco do Japão aumentasse os juros novamente este ano, com a maioria apostando em dezembro.

    O Banco do Japão manteve sua visão de que a economia está no caminho certo para uma recuperação. Ele também atualizou sua visão sobre o consumo, dizendo que está em uma “tendência de aumento moderado”, em comparação com a avaliação de julho de que ele era “resiliente”.

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