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    William Waack

    Investigação de quem usou X após bloqueio é um ponto controverso, diz Marsiglia à CNN

    André Marsiglia destaca mudança na interpretação da decisão judicial, gerando insegurança jurídica para usuários da rede social anteriormente conhecida como Twitter

    Da CNN

    O advogado constitucionalista André Marsiglia levantou questões sobre a recente decisão de investigar usuários da rede social X (anteriormente Twitter) que acessaram a plataforma após seu bloqueio no Brasil.

    Durante sua participação no WW, Marsiglia destacou a aparente mudança na interpretação da decisão judicial original.

    Segundo o especialista, a decisão inicial do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), focava na utilização de “subterfúgios tecnológicos” para acessar a rede, não considerando as plataformas em si como ilícitas.

    “Não eram as redes que eram consideradas ilícitas, então acessar as redes não seria o problema, e sim se valer de subterfúgios tecnológicos”, explicou Marsiglia.

    Mudança de interpretação gera incertezas

    O advogado apontou uma aparente mudança na abordagem, com a nova decisão focando no “uso extremado” ou recorrente da plataforma.

    “Agora ele diz que o uso extremado, quer dizer, o uso recorrente é que seria o problema, então não seria o uso por subterfúgios, mas seria um uso apenas reiterado, ou recorrente”, observou.

    Esta alteração na interpretação da decisão judicial levanta preocupações sobre a segurança jurídica para os usuários da rede social. Marsiglia ressaltou: “Muda-se a decisão. Não sabemos se é uma nova ou se é uma decisão que interpreta de uma forma diferente a própria decisão anterior. Claro, isso gera uma insegurança jurídica nos usuários todos”.

    A controvérsia surge em meio a um contexto mais amplo de tensões entre o X, seu proprietário, Elon Musk, e as autoridades brasileiras.

    A plataforma enfrenta multas pela reativação de contas previamente bloqueadas por ordem judicial, enquanto a empresa de internet via satélite Starlink, também de propriedade de Musk, é alvo de investigações por supostamente facilitar o acesso à rede social bloqueada.

    O caso levanta questões importantes sobre liberdade de expressão, regulação de redes sociais e os limites da jurisdição nacional em um ambiente digital globalizado.

    À medida que o debate se desenrola, usuários e especialistas continuam a acompanhar de perto os desdobramentos legais e suas implicações para o uso de plataformas de mídia social no Brasil.

    Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.

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