Planalto vai propor a governadores “sala de situação” para combate às queimadas
Representantes estaduais se reúnem nesta quinta-feira com ministros de Lula; presidente não participa
Na mira de críticas de governadores no combate das queimadas, o governo federal vai propor em reunião marcada para esta quinta-feira (19) a criação de uma sala de situação composta por ministros, governadores e prefeitos.
A avaliação no Planalto é de que o problema tem sido tratado no varejo, com ações individuais dos estados. E que a entrada mais efetiva do governo federal no problema requer integração.
A situação do Distrito Federal – em que ficou evidente um choque de informações – é apontada, no Planalto, como exemplo do que não pode ocorrer.
Atualmente, há uma sala de situação do governo federal com a presença de vários ministérios, como Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional. O plano é ampliar esse grupo para sistematizar as ações em todos estados.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não vai participar da reunião, sob alegação de que estará em outra agenda. No lugar, escalou os ministros Rui Costa, da Casa Civil, Marina Silva, do Meio Ambiente, Waldez Góes, de Desenvolvimento Regional, e Alexandre Padilha, de Relações Institucionais.
Marina vai destacar a cooperação do governo federal com o Mato Grosso do Sul como exemplo que pode ser replicado no país. Diante dos graves incêndios no Pantanal mato-grossense desde o início do ano, o governo decidiu fazer investimentos e ajudar com mais estrutura.
De abril até agora, foram cerca de R$ 150 milhões aplicados pelo governo federal, de acordo com o estado. Além disso, houve a mobilização de mais efetivo das Forças Armadas e de agências como Ibama. Mais de mil homens, além dos bombeiros locais, foram a campo, e 12 aeronaves foram mobilizadas.
À CNN, o governador Eduardo Riedel disse que “o trabalho funcionou como nunca”, o que “diminuiu a área atingida”.
Já Padilha deve destacar a importância do pacto federativo climático, que tem papel de unir as três esferas do poder executivo no combate à crise do clima. Góes vai reforçar a disponibilidade e trabalho da Defesa Civil.