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    Fernando Nakagawa
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    Fernando Nakagawa

    Repórter econômico desde 2000. Ex-Estadão, Folha de S.Paulo, Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Paulistano, mas já morou em Brasília, Londres e Madri

    Brasil, Rússia e Japão: os países que estão em ciclo de alta dos juros

    Diferença entre tendências no Brasil e EUA podem acentuar ingresso de capitais estrangeiros e pressionar dólar para baixo

    Brasileiros, russos e japoneses. São esses consumidores que estão no pequeno grupo de países que está em meio a um ciclo de aperto monetário. O movimento vai na contramão do visto na maioria das economias, que estão em meio a um processo de afrouxamento ou manutenção dos juros.

    Levantamento do C6 Bank mostra que, desde junho, 39 países tiveram decisões sobre juros. Nesse grupo, só três tiveram alta das taxas: Japão em 30 de julho, Rússia em 13 de setembro e Brasil, que aumentou a Selic no início da noite desta quarta-feira (18).

    O movimento desses três bancos centrais parece desalinhado com a maioria do grupo.

    Dos 39 países do levantamento, 17 estão em ciclo de queda da taxa de juros. Nesse grupo, estão os Estados Unidos – que iniciaram o corte três horas e meia antes da alta de juros no Brasil, a União Europeia, o Canadá e alguns emergentes latino-americanos, como Chile, Peru e México.

    Economistas avaliam que essa divergência de trajetória — com juro alto no Brasil e em queda especialmente nos EUA — pode potencializar fluxos de capital para o mercado brasileiro. São os investidores estrangeiros em busca de maior rendimento.

    Se confirmado, o movimento pode acelerar a trajetória de queda do dólar no Brasil. A moeda já ficou 3,45% mais barata nos últimos seis dias até hoje. Foram seis pregões seguidos de queda das cotações na expectativa das decisões dos BCs do Brasil e Estados Unidos.

    O levantamento do C6 mostra, ainda, que o grupo dos países que mantiveram a taxa de juros tem 19 países. Entre eles, África do Sul, Coreia do Sul, Índia e China.

    A China, porém, é um caso diferente. O Banco do Povo da China (PBoC) tem reduzido gradativamente algumas taxas secundárias de juros praticadas em mercados específicos.

    Em julho, foram reduzidas as referências para empréstimos de um e cinco anos. Antes, em fevereiro, as taxas também haviam sido reduzidas.

    O país diminui o custo do dinheiro para tentar dar tração à atividade econômica que tem perdido força.

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