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    Situação de seca em SP vai continuar crítica nos próximos meses, alerta Cemaden

    Calor, secura e incêndios agravaram a situação; cidades importantes como Bauru e São José do Rio Preto já enfrentam escassez de água para abastecimento

    Catarina NestlehnerVictor Locatelida CNN* , Em São Paulo

    A situação de seca no estado de São Paulo deve continuar crítica nos próximos meses. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) alerta para um atraso no começo da estação chuvosa neste ano, além de precipitações abaixo da média para grande parte do território paulista.

    Segundo a hidróloga do Cemaden, Adriana Cuartas, as temperaturas devem ficar acima da média até o mês de novembro, com os níveis dos rios abaixo dos valores esperados.

    Pelo interior do estado, as chuvas têm ficado abaixo da média nos últimos meses, e as temperaturas acima do esperado. Tais fatores colaboram para que os rios tenham seus níveis diminuídos de forma considerável.

    Por conta desta situação, algumas cidades de destaque, como Bauru e São José do Rio Preto, já enfrentam escassez de água para abastecimento.

    Em São José do Rio Preto, a população é abastecida por três fontes de água, sendo elas o rio Preto (20%), o Aquífero Bauru (50%) e o Aquífero Guarani (30%). O município registrou 635,50 mm de chuva entre 1 de janeiro e 13 de setembro deste ano, uma redução de 47% em relação ao mesmo período do ano de 2023.

    [cnn_galeria active=”false” id_galeria=”10162100″ title_galeria=”Onda de calor no Brasil”/]

    Com relação ao consumo, houve um aumento de 3,09% no mês de agosto, quando comparado com o mês de julho. O aumento do consumo e a questão climática colaboraram para a redução na captação de água na Represa Municipal.

    Assim, os poços tiveram sua captação aumentada e passaram a abastecer mais 50 mil moradores, uma vez que o sistema de abastecimento da cidade é interligado.

    O Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto da cidade formou um comitê para acompanhamento e análises da situação, para observar se há chances de ocorrer racionamento. Além disso, o município está há 154 dias sem chuva expressiva, que aconteceu em 12 de abril, com 25,10 mm.

    Na cidade de Bauru, há um rodízio de água para 26% da população que vivem nas regiões abastecidas pelo Rio Batalha. Em outras partes do município, em que o abastecimento acontece por poços, a distribuição de água segue sem alterações.

    A Sabesp diz que nos 375 municípios que opera, não há racionamento de água até o momento.

    Incêndios

    A falta de chuva, o calor, e o tempo seco, contribuem para o aumento dos focos de incêndio que atingem grande parte de São Paulo.

    De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), levantados pela Defesa Civil, o estado tem queimadas diárias desde 18 de agosto, tendo registrado 1.500 focos de incêndio no mês até a última quinta-feira (12).

    Na sexta-feira, pelo menos 15 focos de incêndio estavam ativos até o fim do dia.

    FOCOS DE INCÊNDIO EM SP – 13/9/2024

    REGIÃO METROPOLITANA

    • 1 – MAIRIPORÃ
    • 2 – SÃO PAULO – PERUS (ÁGUIA 16)

    REGIÃO DO VALE DO PARAÍBA

    • 3 – BANANAL (ÁGUIA 8 + ASA ROTATIVA CMIL)
    • 4 – S. JOSÉ DOS CAMPOS (ÁGUIA + ASA ROTATIVA FF)

    REGIÃO DE CAMPINAS

    • 5 – AMPARO (ÁGUIA)
    • 6 – BROTAS
    • 7 – CACONDE (ASA FIXA PACHU)
    • 8 – CAMPO LIMPO PAULISTA – SERRA DA MURSA (2 ÁGUIAS 21 E 14)
    • 9 – LINDÓIA
    • 10 – MOCOCA (ASA FIXA PACHU)
    • 11 – CAMPINAS/MORUNGABA (ÁGUIA 20)

    REGIÃO DE PRESIDENTE PRUDENTE

    • 12 – PAULICÉIA

    REGIÃO DE ARARAQUARA

    • 13 – SÃO CARLOS

    REGIÃO DE FRANCA

    • 14 – CRISTAIS PAULISTA
    • 15 – ITIRAPUÃ (ASA FIXA PACHU)

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