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    Bolsas europeias têm viés positivo após corte do BCE e espera por decisão do Fed

    Também há dúvida sobre o que fará o BCE daqui para frente, após ter reduzido a taxa de depósito em 25 pontos-base

    Estadão Conteúdo

    As bolsas da Europa oscilam com viés positivo nesta manhã, um dia após o Banco Central Europeu (BCE) cortar juros, mas manter suspense sobre os próximos passos. Investidores já voltam as atenções para a decisão do Federal Reserve (Fed) na semana que vem, em meio a especulações de que a instituição pode optar por um relaxamento mais agressivo.

    Por volta das 06h15 (de Brasília), o índice Stoxx 600 subia 0,36%, a 513,91 pontos.

    A madrugada foi marcada por oscilações importantes na precificação do mercado para a evolução da política monetária americana. Uma reportagem do jornalista Nick Timiraos, do The Wall Street Journal, indicou que os dirigentes do Fed ainda não decidiram a dimensão do primeiro corte na taxa básica esperado para a próxima quarta-feira. Ex-presidente da distrital de Nova York, William Dudley, defendeu que há “argumento forte” por uma redução de 50 pontos-base.

    Na esteira, as chances de haver uma primeira baixa de meio ponto porcentual cresceram para cerca de 40%, conforme mostrou a plataforma de monitoramento do CME Group. Para o final do ano, o cenário mais provável voltou a ser uma de uma tesourada acumulada de 125 ponto-base, embora o quadro siga dividido com 100 pontos-base.

    O Deutsche Bank vê paralelo entre o episódio atual e o das vésperas do encontro do Fed de junho de 2022, quando o mercado vinha esperando um aumento de 50 pontos-base, mas uma reportagem do mesmo Timiraos alterou as apostas para uma elevação de 75 pontos-base. “Se a precificação permanecer onde está atualmente, seria a primeira reunião em anos em que há séria incerteza sobre a decisão dos juros”, lembra o banco.

    Também há dúvida sobre o que fará o BCE daqui para frente, após ter reduzido a taxa de depósito em 25 pontos-base. A presidente do BC europeu, Christine Lagarde, reforçou que tudo dependerá da evolução dos indicadores econômicos, sem se comprometer com uma trajetória específica.

    No horário citado acima, a Bolsa de Londres subia 0,05%, limitada pela queda de 2,37% da AstraZeneca, depois que o Deutsche Bank rebaixou a recomendação do papel de “manter” para “venda”. Entre as demais praças, Frankfurt avançava 0,44%, Paris ganhava 0,31%, Lisboa tinha alta de 0,48% e Milão aumentava 0,16%. No câmbio, o euro subia a US$ 1,1089 e a libra, a US$ 1,3146.

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