“Sem pistas”, diz mãe de piloto brasileiro que desapareceu em voo na Venezuela
Pedro Rodrigues Parente Neto, de 37 anos, está desaparecido desde o último dia 1°
A mãe do piloto Pedro Rodrigues Parente Neto, conhecido com Pedro Buta, de 37 anos, procura por seu filho, que desapareceu após realizar um voo na Venezuela com um avião monomotor, no último dia 1°.
À CNN, Maria Eugênia Buta diz que até o momento não se tem pistas de onde o piloto possa estar. Ela saiu do Rio de Janeiro, local em que vive, e foi para Roraima atrás de informações de seu filho, além de se deslocar para o estado para realizar os trâmites burocráticos com a polícia.
A mãe de Pedro diz que acredita que não houve uma queda de avião, tanto na Amazônia brasileira quanto na venezuelana.
Segundo ela, há muitas controvérsias na história do desaparecimento de seu filho.
Eugênia conseguiu contato com o dono do avião que Pedro prestava serviços quando desapareceu, o empresário Daniel Seabra.
Após o sumiço de Pedro, ao conseguir o telefone e entrar em contato com Seabra, Maria Eugênia disse que o empresário perguntou a ela como os familiares do piloto haviam descoberto o número dele.
Seabra relatou à mãe de Buta que ele não tinha contato com o piloto há três dias. Maria diz que Pedro sempre avisou que caso algo acontecesse, os contratantes dos serviços dele, neste caso Seabra, avisaria os familiares, o que não aconteceu.
Quando o irmão de Pedro entrou em contato com Daniel, o empresário reforçou que o piloto estava na Bahia, não informando o verdadeiro local para o qual Pedro tinha voado.
Ainda, Maria declara que Pedro teve experiências de trabalho complexas na região Amazônica entre o final de 2023 e o começo deste ano, o que fez com que ela não desejasse que seu filho atuasse profissionalmente na área. O piloto, no entanto, mentiu o destino que estava trabalhando, alegando que era na Bahia.
Maria também teve acesso às mensagens trocadas entre o piloto e o empresário. Ela destaca que na conversa de texto entre os dois, descobriu que o dono do avião alertou Pedro que ao entrar na Venezuela, o transponder da aeronave, que é o dispositivo eletrônico que ajuda na identificação dos aviões no radar de controle de tráfego aéreo, deveria estar desligado, pois o voo não podia constar em território venezuelano. A ordem foi obedecida pelo piloto.
A CNN procura o empresário Daniel Seabra para um posicionamento.
Último contato
O último contato entre Pedro e a mãe foi em 1° de setembro, no dia do desaparecimento, por volta das 12h. A conversa entre eles foi breve, assim como nos demais dias em que se falaram, pois o piloto dizia que o sinal de internet na região que supostamente estava na Bahia, era ruim.
A mãe de Pedro também alegou que o Itamaraty, até o momento, não prestou nenhum auxílio à família. A CNN procurou a pasta para um posicionamento, mas não obteve retorno até a publicação desta nota.
“Eu quero saber cadê meu filho. Já tem 12 dias que ele está desaparecido. O avião não desapareceu, mas meu filho sim”, diz Maria Eugênia ao ser questionada como se encontra com relação a situação.
*Sob supervisão