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    AIE corta projeção para demanda global por petróleo este ano com desaceleração da China

    As projeções da AIE permanecem substancialmente inferiores às da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep)

    Estadão Conteúdo

    Uma rápida desaceleração no crescimento da demanda chinesa por petróleo está reduzindo o consumo global, o que reforça as expectativas de que a demanda atinja o pico até o final da década, afirmou a Agência Internacional de Energia (AIE) em relatório mensal hoje (12).

    A organização sediada em Paris prevê que a demanda global registre crescimento de 903 mil barris por dia (bpd) em 2024, de 970 mil bpd projetado anteriormente – a segunda revisão consecutiva para baixo.

    Já as estimativas de expansão para o próximo ano foram deixadas praticamente inalteradas em 954 mil barris por dia. A entidade vê uma demanda média de 103 milhões de bpd em 2024 e de 103,9 milhões de bpd em 2025.

    As projeções da AIE permanecem substancialmente inferiores às da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). O cartel reduziu ligeiramente a suas previsões na terça-feira (10), mas ainda prevê um crescimento da demanda em níveis saudáveis de 2,03 milhões de bpd este ano e 1,74 milhões de bpd no próximo.

    No primeiro semestre deste ano, o crescimento da demanda global continuou desacelerando, com ganhos de 800 mil bpd no ano, o mais baixo desde 2020, segundo a agência.

    Na China, o consumo contraiu pelo quarto mês consecutivo em julho, em 280 mil bpd, em comparação com o ritmo médio de crescimento de cerca de 1 milhão de bpd no ano anterior.

    “A interrupção abrupta do crescimento da demanda por petróleo na China desde o início do ano está tendo um impacto profundo nos mercados petrolíferos”, afirmou a AIE, citando a prolongada crise imobiliária do país e o avanço dos veículos elétricos.

    No ano inteiro, a demanda por petróleo na China deverá aumentar apenas em 180 mil bpd, de acordo com a AIE. A desaceleração do consumo é mais evidente em produtos industriais como a nafta e o diesel.

    A agência manteve a previsão para a oferta global de petróleo em 2024, em 102,9 milhões de bpd, enquanto a de 2025 aumentou de 104,9 milhões de bpd para 105 milhões de bpd.

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