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    Vale aumenta previsão de produção de minério para 2024; ações sobem

    Ações da mineradora negociadas no Brasil subiram cerca de 2%, também impulsionadas pelos preços globais mais altos do minério de ferro

    Gabriel Araujo e Letícia Fucuchimada Reuters

    A mineradora Vale elevou nesta quarta-feira (11) sua previsão de produção de minério de ferro para este ano, após um primeiro semestre mais forte do que o esperado, fazendo com que suas ações subissem.

    A empresa, uma das maiores produtoras de minério de ferro do mundo, afirmou em um comunicado ao mercado que agora espera uma produção entre 323 milhões e 330 milhões de toneladas métricas em 2024, elevando a previsão anterior de 310 milhões a 320 milhões.

    A mudança ocorre depois que a gigante da mineração disse, no início deste ano, que estava confiante em atingir o limite superior da meta anterior, já que, no início de 2024, a produção ficou acima de suas próprias expectativas.

    “Estimamos que as mudanças no guidance de produção aumentarão as expectativas de consenso do Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] para o ano inteiro em 4%”, disseram os analistas do RBC.

    “A Vale continua sendo nossa exposição preferencial ao espaço do minério de ferro.”

    As ações da mineradora negociadas no Brasil subiram cerca de 2% na quarta-feira, também impulsionadas pelos preços globais mais altos do minério de ferro, tornando-a uma das maiores ganhadoras no Ibovespa.

    A Vale disse em uma apresentação que, embora tenha planejado produzir 144 milhões de toneladas de minério de ferro no primeiro semestre, a produção totalizou 151 milhões de toneladas. A empresa citou a maior estabilidade operacional e otimização de processos entre as razões para o bom desempenho.

    “Esse aumento do guidance é uma confirmação de confiança”, disse o analista da Wood Mackenzie, Artur Bontempo, apesar de dizer que a produção mais alta da Vale provavelmente trará pressão adicional sobre o mercado de minério de ferro já “mal-humorado”.

    Os participantes do mercado expressaram preocupações sobre a perspectiva de demanda vacilante e a recuperação econômica da China, principal consumidora, o que levou os preços a caírem no acumulado do ano. A Vale, no entanto, vê um mercado “equilibrado” em 2024 e 2025.

    As margens este ano foram positivas em todas as operações, apesar da pressão sobre os preços, disse a empresa.

    A empresa brasileira reduziu ligeiramente sua previsão de produção de níquel em 2024 para entre 153 mil e 168 mil toneladas, de 160 mil a 175 mil, um movimento que, segundo ela, reflete um desinvestimento parcial da Vale Indonésia concluído em julho.

    Os custos de produção de níquel e cobre este ano deverão, no entanto, ser menores do que o inicialmente previsto, disse a empresa.

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