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    Entorno de Bolsonaro aposta em Pablo Marçal no segundo turno

    Previsão explica distanciamento do ex-presidente de Ricardo Nunes

    Teo CuryJussara SoaresMarina Demori

    Os aliados mais próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acreditam que Pablo Marçal (PRTB) garantirá vaga no segundo turno das eleições municipais para a Prefeitura de São Paulo.

    A previsão explica o distanciamento adotado pelo ex-presidente em relação ao atual prefeito.

    Bolsonaro tem atuado lcomo cabo eleitoral em diversas cidades do país e na capital paulista escolheu apoiar Ricardo Nunes (MDB), apesar de já ter dito que ele não é seu “candidato dos sonhos”.

    O ex-presidente indicou o coronel da reserva da Polícia Militar, Ricardo Mello de Araújo, para vice na chapa de Nunes.

    A entrada de Marçal na disputa e a divulgação de seu bom desempenho nas mais recentes pesquisas dividiram a direita em São Paulo.

    A adesão de parte do bolsonarismo à candidatura de Marçal forçou o clã Bolsonaro a recuar da artilharia que vinha sendo direcionada ao coach.

    Diante da divisão do bolsonarismo com a chegada de Marçal à disputa, o grupo próximo a Bolsonaro acaba tendo influência na decisão de o ex-presidente ainda não ter embarcado na campanha de Nunes.

    Esses aliados do ex-presidente elogiam o coach e consideram que Marçal tem mais em comum com Bolsonaro do que Nunes e que, por isso, poderia representar melhor as bandeiras e pautas bolsonaristas.

    Na semana passada, o ex-presidente avaliou ser “muito cedo” para entrar “massivamente” na campanha de Nunes.

    “Esse apoio mais explícito não parte de mim e ponto final. Está muito cedo para eu entrar massivamente na campanha dele [Nunes], pode ser que tenha que esperar um pouco mais”, disse.

    O prefeito comentou nesta terça-feira (10) a jornalistas sobre a expectativa de Bolsonaro gravar vídeos ao lado dele. “Agora, o ideal, de acordo com a coordenação da campanha é realmente ter uma presença um pouco mais intensa, mais para o final. Como faltam 26 dias, talvez nos últimos 15 dias. Estão ajustando a questão da agenda”, disse Nunes.

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