PSOL tem representação negada pela Justiça Eleitoral após Marçal publicar direito de resposta de Boulos com “tela preta”
Candidato do PRTB colocou uma imagem preta como capa do vídeo; Campanha de Boulos afirma que o postulante tentou "limitar o alcance" da publicação
O candidato do PRTB na disputa pela Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, inseriu uma tela preta como “capa” de uma publicação de direito de resposta do também candidato Guilherme Boulos (PSOL) em sua conta do Instagram.
Após a publicação, que ocorreu às 0h27 da última terça-feira (03), o partido de Boulos entrou com uma representação na Justiça Eleitoral, alegando que Marçal tentou “limitar o alcance” ao inserir a imagem no post.
A sigla pedia que o empresário fosse intimado a postar novamente o direito de resposta, “no seu conteúdo original” pelo tempo de 48 horas a partir de sua veiculação.
No documento, o partido justifica o pedido alegando, que “propositalmente, [o candidato do PRTB] visou limitar o alcance da publicação aos usuários da rede, tanto por veiculá-la em horário em que poucos usuários estão ativos, quando por veicular o vídeo com capa de fundo preto, o que evidentemente diminui o engajamento em publicações, por torná-la menos chamativa a quem acessa o perfil do requerido infrator”.
O juiz Murillo D’Avila, no entanto, negou a representação nesta quarta-feira (04) por entender que “a reposta teve alcance suficiente e atingiu seu propósito, ainda que com início em tela preta e horário da postagem (00h30)”.
Até o momento o vídeo já alcançou cerca de sete milhões de visualizações.
O empresário foi obrigado pela Justiça Eleitoral a publicar o vídeo de resposta do psolista após associá-lo ao uso de drogas. No material, que dura 1 minuto e 53 segundos, Boulos diz que a acusação é “absolutamente mentirosa”.
A CNN entrou em contato com a campanha de Guilherme Boulos (PSOL), que informou que por enquanto não vai comentar a decisão.
Ainda aguarda retorno da assessoria de Pablo Marçal (PRTB) para manifestações e aguarda retorno.