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    PF prende policiais suspeitos de receber propina para arquivar investigação em SP

    Além dos agentes, dois narcotraficantes foram presos em operação nesta terça-feira (3)

    Rafael Saldanhada CNN

    Dois policiais civis e dois narcotraficantes internacionais foram presos pela Polícia Federal por corrupção e lavagem de dinheiro em São Paulo, na manhã desta terça-feira (3).

    A PF cumpriu os quatro mandados de prisão preventiva e outros 10 mandados de busca e apreensão durante a operação ‘Face Off’, na capital paulista e na cidade de Arujá, no interior de SP.

    A investigação aponta que os dois traficantes pagaram propina a agentes da Polícia Civil de São Paulo no valor de R$ 800 mil em novembro de 2020. Outros pagamentos foram feitos mensalmente até, pelo menos, o primeiro semestre de 2021.

    Segundo a PF, a propina resultou no arquivamento de uma investigação que apurava a atuação do grupo criminoso no tráfico internacional de drogas. A investigação estava em curso no no Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).

    Segundo os investigadores, os suspeitos são ligados a uma organização criminosa que envia várias cargas de cocaína ao exterior, principalmente à Europa.

    Os agentes também apuram a prática de lavagem de dinheiro pelos narcotraficantes, policiais e outras pessoas ligadas a eles (conhecidas como “laranjas”).

    A PF afirma que o inquérito policial coletou evidências que comprovam a ocultação de bens e valores de origem ilegal, e os crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de drogas e crime contra a economia popular.

    A Justiça também determinou o sequestro e bloqueio de valores das contas bancárias dos investigados de até R$ 15 milhões. Veículos com valor aproximado de R$ 2,1 milhões e imóveis com preço de mercado estimado em R$ 8 milhões também tiveram o sequestro autorizado.

    A operação foi realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em São Paulo (Ficco-SP), composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Segurança Pública (SSP) de SP, Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) e a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

    A ação também contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do estado e da Corregedoria da Polícia Civil de SP.

    A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou à CNN que medidas cabíveis serão tomadas, caso seja comprovado qualquer desvio de conduta de policiais civis.

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