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    Opositor de Maduro, Edmundo González pode ser preso nesta sexta; entenda

    Candidato opositor faltou a duas intimações e é convocado por terceira vez para prestar depoimento sobre site com atas eleitorais

    Da CNN

    O opositor venezuelano Edmundo González pode ser preso nesta sexta-feira (30).

    González foi intimado pela terceira vez para prestar depoimento ao Ministério Público (MP). Caso não compareça, as autoridades disseram que será emitido um mandado de prisão.

    As autoridades querem interrogá-lo sobre um site publicado pela oposição, no qual foram disponibilizadas atas das eleições presidenciais digitalizadas e uma contagem paralela que aponta vitória de González.

    O opositor faltou a duas intimações feitas pelo Ministério Público na segunda (26) e terça-feira (28) e foi novamente convocado a comparecer ao gabinete da procuradoria, nesta sexta, às 10h, horário local (11h, horário de Brasília).

    “De acordo com as leis venezuelanas, se este cidadão não comparecer no gabinete da procuradoria-geral na data indicada, será emitido o mandado de prisão respectivo, considerando que se encontra em presença de risco de fuga (…) e perigo de obstacularização”, advertiu o Ministério Público.

    A instituição venezuelana, que é alinhada ao chavismo, considera que o opositor “usurpou atribuições” do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) com a publicação das atas eleitorais no site resultadosconvzla.com, que o governo de Nicolás Maduro afirma terem sido falsificadas.

    González afirmou que o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, atua como um “acusador político” e não há garantias de independência na investigação iniciada pelo Ministério Público.

    O ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, Diosdado Cabello, alertou González sobre as consequências de não comparecer à terceira convocação.

    “Diga aos seus advogados para aconselhá-lo bem sobre quais seriam as consequências se você não comparecesse. Saudações”, publicou Cabello no X.

    Prisão pressionaria o Brasil, avalia analista

    De acordo com o analista sênior da CNN Américo Martins, a situação na Venezuela está se agravando, com o regime de Maduro tornando-se cada vez mais autoritário.

    “O regime já matou quase 30 pessoas que protestaram contra as grandes evidências de fraude nas eleições de 28 de julho, prendeu cerca de 2 mil pessoas e agora ameaça claramente prender o candidato opositor Edmundo González”, disse

    A possível prisão de González também deve pressionar o governo brasileiro a tomar uma posição mais dura. Américo argumenta que “vai ficar absolutamente impossível que eles fiquem em silêncio” caso a prisão se concretize.

    O analista conclui que Brasil e Colômbia, que buscam manter relações com a Venezuela, terão que adicionar alguma pressão ao diálogo, pois “se não, o Maduro vai continuar fazendo impunemente o que está fazendo e vai erodindo a influência do Brasil na América do Sul”.

    Venezuela amanhece com apagão generalizado

    A capital da Venezuela, Caracas, e outras regiões do país sofreram uma queda de energia na manhã desta sexta-feira (30), confirmou o Ministério da Comunicação e Informação venezuelano.

    A interrupção afetou pelo menos 13 regiões, incluindo Carabobo e Aragua, de acordo com postagens nas redes sociais e com a equipe da Reuters no local.

    “Fomos vítimas, mais uma vez, de sabotagem elétrica”, disse Freddy Ñáñez, ministro da Comunicação e Informação, sem dar mais detalhes.

    Ele acrescentou que a equipe da pasta está trabalhando para restaurar totalmente o serviço.

    Cortes de energia não são incomuns na Venezuela, embora geralmente sejam mais localizados.

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