Tensão no Oriente Médio faz petróleo disparar e setor lidera Ibovespa
Preocupações com região impactam na expectativa de oferta e produção da commodity
Preocupações com a possibilidade de guerra no Oriente Médio fazem disparar petróleo, impactando na alta do setor no Ibovespa na tarde desta segunda-feira (26).
Tensões entre os governos da Líbia e ameaças de retaliação do Irã contra Israel e Estados Unidos levantaram preocupações sobre um conflito mais amplo na região, influenciando a expectativa da oferta e produção.
O cenário, somado à elevação de recomendação de compra de analistas do Morgan Stanley sobre a estatal brasileira, fez a Petrobras disparar e impulsionar o avanço da bolsa paulista.
O medo da redução do estoque mundial de petróleo vem depois que o Exército Nacional Líbio, que controla o leste do país, informou que interromperá a produção e exportação da commodity após a escalada de tensão sobre a liderança do banco central líbio.
No total, a Líbia teve uma produção de 1,18 milhão de barris por dia em julho, de acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
A procura por papéis ligados ao petróleo levou o Ibovespa a avançar nesta segunda-feira. Por volta das 16h, na bolsa paulista, as ações ordinárias da Petrobras (PETR3) lideveram o pregão, com avanço de 9%. Já as preferenciais (PETR4) subiam próximo de 6,4%.
Outras ações ligadas à commodity também tinham desempenho positivo no mercado. Na mesma hora, os papéis da 3R Petroleum (RRRRp3) ganhavam quase 3%, enquanto opções da PRIO (PRIO3) valorizavam 1,4%.
Analistas do Morgan Stanley elevaram a recomendação, destacando uma perspectiva de retorno total atraente. A avaliação foi de que mensagens recentes da direção da estatal apoiam a visão de continuidade da estratégia, com a coexistência de um aumento responsável nos investimentos e na distribuição de dividendos.
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