Rum: a bebida nacional das Ilhas Maurício guarda semelhança com a nossa cachaça 

País insular já foi o terceiro maior produtor de açúcar do mundo; “Planeta CNN” traz as curiosidades do arquipélago que celebra 55 anos de independência nesta semana 

Rum das Ilhas Maurício guarda similaridades com cachaça
Rum das Ilhas Maurício guarda similaridades com cachaça CNNi

Da CNN

São Paulo

Paisagens paradisíacas, mar azul turquesa, cenários de tirar o fôlego. “Quando as pessoas vêm às Ilhas Maurício, o que pensam é primeiro no sol, no mar, nos coqueiros e na comida local, a comida mauriciana”, diz o chef de cozinha Mario Pierrot, entusiasta da culinária de seu país.

Mas é seguindo rumo ao interior do país no oceano Índico que é possível vislumbrar outra riqueza gastronômica local: o rum. 

O Planeta CNN, que vai ao ar às 19h15 deste domingo, na CNN, vai explorar os detalhes dessa produção artesanal, e as riquezas culturais desse lugar tão diferente. 

A cana-de-açúcar é o principal produto agrícola das Ilhas Maurício. Porém, durante muito tempo, seu uso era destinado exclusivamente à produção de açúcar.

“Antigamente, nas Ilhas Maurício, não podíamos produzir rum agrícola. Todo o caldo da cana-de-açúcar era reservado para fazer açúcar, que nós exportávamos para países europeus”, conta Wenda Rose Bheeka da Destilaria Chamarel, uma das maiores do país.  

A permissão para utilizar o caldo para produzir rum veio em 2008. “Nosso rum agrícola é feito do caldo da cana-de-açúcar. Tem o rum industrial também, que é feito com melaço, que é a sobra do açúcar”, explica Wenda. Mas o que diferencia, então, o rum da nossa cachaça? 

Em geral, o rum é feito do caldo de cana cozido, como explicou Wenda. Já a cachaça usa o mesmo caldo, mas fresco. No entanto, existe essa definição do “rum agrícola”, que também utiliza o caldo fresco. 

A diferença está em detalhes como técnicas de envelhecimento, graduação alcoólica e a denominação de origem. Segundo normativa do próprio Ministério da Agricultura, “cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil”. Não é à toa que, em muitos lugares, a cachaça ainda é chamada de “Brazilian rum”. 

Para Wenda, o importante é celebrar a variedade. E na Chamarel, isso é o que não falta. “Tem ponche de rum, rum branco, rum com destilação dupla e, por fim, os licores. A maioria das pessoas viajavam e descobriam o rum de Martinica, Guadalupe e de outros lugares. Então, descobrir as Ilhas Maurício pelo sol, o mar, as praias e o rum é algo muito novo e muito interessante. Tem muita demanda para isso”, completa ela.