Restaurante no Japão desafia clientes a degustarem grandes quantidades de macarrão típico
Tradicional “Wanko soba” é servido em porções menores que a tradicional. Mesmo assim, recorde atual é de 570 tigelas. E é de uma mulher!
Uma fachada de madeira escura, portas de correr e as tradicionais noren, as cortinas curtas tão comuns em estabelecimentos japoneses. O Azumaya poderia ser só mais um entre os milhares de restaurantes que servem macarrão no Japão. Mas ao entrar ali, o visitante aceita instantaneamente um desafio: o de comer o maior número de tigelas de macarrão que conseguir. E com os garçons ao lado gritando palavras de motivação.
É o wanko soba, um tipo de macarrão feito de trigo sarraceno, servido em pequenas porções: cada 15 delas equivalem a uma porção tradicional de soba. E ele é reconhecido como típico da cidade de Morioka, onde fica o Azumaya, na província de Iwate.
O “Planeta CNN” deste domingo, às 19h15, vai mostrar os detalhes dessa tradição, além de outras curiosidades sobre a região de Tohoku, uma das mais geladas do Japão, onde, mesmo no verão, os termômetros não ultrapassam muito os 16 graus.
Segundo a lenda, o wanko soba teria sido criado ali, quando um nobre visitou a cidade e um jantar foi servido a ele. Por ser uma região montanhosa, pouca coisa cresce ali, entre elas, o trigo sarraceno. Por isso, o macarrão é um prato comum e muito barato. Com vergonha de servir soba ao nobre visitante, os moradores locais utilizaram apenas uma pequena porção do macarrão, acompanhado de outros ingredientes considerados mais sofisticados.
E é por isso que, atualmente, o Azumaya também oferece diversos acompanhamentos aos clientes, mas os especialistas no assunto garantem: melhor não beber durante a refeição, e focar no macarrão, de preferência engolindo direto, sem mastigar.
“Depois de comer muito, tenho uma sensação de adrenalina. Fico feliz e gosto de fazer isso”, conta Naoko Obaru, que se considera uma competidora profissional, apesar de seus 50 quilos.
O proprietário Akihito Baba é a quinta geração da família a comandar o restaurante. Ele mesmo já tentou quebrar o recorde, que é de 570 tigelas. “Há alguns anos, eu comi 222 tigelas. Mas quando terminei, eu ainda conseguia comer mais”.