Nova York muito além de Manhattan: dicas de uma insider brasileira na Big Apple
A jornalista Laura Peruchi entrega seus passeios favoritos na cidade - de um passeio de ferry com vista para a Brooklyn Bridge, a um parque nada óbvio e bem longe da 5ª Avenida
Sabia que bem perto do Queens, em Nova York, um bairro chamado Flushing reúne uma comunidade oriental enorme e está repleto de restaurantes bacanas? Ou que no West Village, o Emily vende aquelas tradicionais pizzas triangulares, típicas de Detroit? Não?
Pois não há nada melhor do que conhecer uma cidade com dicas de quem mora nela. Mais uma vez, CNN Viagem & Gastronomia aterrissou em Nova York em busca de indicações de um verdadeiro insider e, desta vez, conversou com a jornalista Laura Peruchi, produtora de conteúdo que vive por lá desde 2013.
“Não tinha nem vontade de conhecer os Estados Unidos”, mas logo que cheguei por aqui foi à primeira vista!”, brinca ela, que adora compartilhar sugestões para todos os gostos e bolsos em suas redes sociais.
E como Laura sempre pontua: Nova York vai muito além de Manhattan, há muitas coisas para se fazer também fora da ilha. As fronteiras dos Estados Unidos para os brasileiros estão abertas, mas a pandemia ainda não acabou – é preciso tomar todas as precauções. Às dicas!
Passeios fora de Manhattan
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Nova York sempre nos apresenta algo de novo. Mesmo naquilo considerado muito turístico, há várias maneiras de se fazer o clássico. A sugestão é juntar algo mais criativo e que seja marcante, como o passeio ao anoitecer ao redor da Estátua da Liberdade a bordo de um barco a vela que a historiadora Gisela Gueiros mencionou em suas indicações.
Mas o ideal é perceber que a cidade vai além de Manhattan e que há muitas coisas para se fazer nos outros boroughs – como eles chamam os cinco distritos de NY. Fora da ilha, adoro Coney Island, que faz parte do Brooklyn e é um destino concorrido no verão – além da praia, há o famoso Luna Park, com uma histórica montanha-russa de 1927.
Também recomendo muito Flushing, um bairro pertencente ao Queens que possui uma predominância da comunidade oriental e é cheio de restaurantes incríveis – é bem diferente da vibe de Chinatown.
Por ali há o Corona Park, local onde acontecem os jogos de tênis do US Open e que possui o Unisphere, imponente monumento em forma de globo terrestre que foi encomendado para a Feira Mundial de 1964.
Dentro do mesmo parque há o Queens Museum, com exibições de artes visuais voltadas às pessoas da área metropolitana de Nova York. O museu é lar do Panorama, joia de toda a coleção, que é uma grande maquete de toda a cidade idealizada para a Feira de 1964. A obra, inclusive, aparece na recente série da Netflix chamada “Faz de Conta que NY é uma Cidade”.
Gastronomia
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No quesito gastronomia, minha dica mais badalada é o cookie da Levain Bakery, que sempre tem fila, mas que vale muito a pena a espera. Os discos dos cookies são bem recheados, vêm quentinhos e com chocolate derretendo. Já viraram um must na cidade!
Também há o Emily, um restaurante que gosto muito no West Village. No cardápio há pizzas, entradinhas italianas e apenas um hambúrguer – vale ressaltar que, além de redondas, eles também servem pizza no estilo Detroit, que é retangular.
O Emily é um restaurante bem pequeno numa região charmosa e que vale muito a pena. Não está no circuito das casas famosas e badaladas, mas todos que levei lá adoraram.
NY econômica
Minha primeira dica para economizar na cidade é andar de metrô. Muita gente tem medo deste tipo de transporte, mas, de fato, é uma das melhores maneiras de se explorar a cidade. A sugestão é adotá-lo como meio de transporte principal e dividir a viagem em regiões.
O ideal é planejar um dia ou um período para uma determinada região e explorá-la com ajuda das linhas do metrô e da boa e velha caminhada. É uma delícia conhecer a cidade a pé, já que sempre descobrimos algo no caminho. Quanto mais você pesquisar e se planejar, mais você vai descobrir coisas legais.
Falando em transporte público, além do metrô e do ônibus, a cidade tem um sistema de ferries, o NYC Ferry, que é o transporte de balsa. São várias linhas em que você paga um pequeno preço, cerca de US$2,75, e se locomove por outros pontos da cidade pelos águas dos rios.
Um bom exemplo é a linha ER (que corresponde ao East River), que passa por baixo das três pontes do lado East: Brooklyn Bridge, Manhattan Bridge e Williamsburg Bridge. É um passeio turístico lindo por si só e você paga uma bagatela.
Sobre Laura Peruchi
Laura Peruchi é jornalista e criadora de conteúdo. Mora em Nova York há mais de sete anos e comanda uma plataforma de conteúdo sobre a cidade. Seu trabalho ainda envolve Instagram, e-books e podcasts sobre a vida no exterior.