Drinques em cena: os coquetéis mais icônicos de séries e filmes
De longas-metragens clássicos até seriados atuais, uma coisa não envelhece: um bom drinque. Entre Martinis, Mojitos e Piña Coladas, confira com os melhores coquetéis servidos nas telas
As produções audiovisuais evocam no espectador os sentimentos mais variados, seja uma comédia, drama, romance ou suspense. E entre o riso e o choro, referências do mundo gastronômico também aparecem nas telas: é o caso de alguns filmes e séries que colocam a arte da coquetelaria em cena.
Imortalizados na ficção, alguns drinques fizeram uma ponta em grandes produções e marcaram o perfil de personagens icônicos, como James Bond e seu Vodka Martini, que em quase todos os filmes pedia seu drinque, que levava vodca e vermute, sempre “batido, não mexido”.
No fim dos anos 1990 e início dos anos 2000, o seriado “Sex and The City” também marcou uma geração de mulheres determinadas, independentes e fashionistas que viviam suas paixões e desilusões amorosas entre um Cosmopolitan e outro.
A seguir, confira uma seleção dos drinques que aparecem em algumas produções audiovisuais. E com seu coquetel predileto em mãos, não se esqueça de apertar o play quando puder!
“De Repente 30”: Piña Colada
Neste filme clássico “Sessão da Tarde”, Jennifer Garner interpreta Jenna Rink, uma adolescente do subúrbio de Nova York que sonha em ter 30 anos e morar na Big Apple. Após uma festa desastrosa no porão de sua casa, ela acorda no outro dia com seu sonho realizado.
Adulta e trabalhando numa revista de moda, uma das cenas mais marcantes é quando ela está numa festa da empresa e pede uma Piña Colada. “Vou querer uma Piña Colada, não virgem. Quer ver minha identidade? Eu totalmente tenho ela!”, diz a personagem.
Original de Porto Rico, o coquetel clássico leva rum, leite de coco e suco de abacaxi batido com gelo. Cenas depois, ainda na festa, a personagem principal aparece tomando várias piñas coladas – afinal, ela não é mais uma adolescente.
“Sex and The City”: Cosmopolitan
Tudo começou em junho de 1998, data da estreia do primeiro episódio da série, que foi ao ar nos Estados Unidos. Durante seis temporadas, o público pôde acompanhar as quatro personagens protagonistas (Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte) em suas andanças fashionistas e suas aventuras e desilusões amorosas.
Mesmo quando os pares românticos ficavam ausentes, ele sempre estava lá: o Cosmopolitan. Já um clássico, o coquetel combina vodka, suco de cranberry, licor de laranja e suco de limão, que pode ser batido na coqueteleira.
De certa forma, o nome do drinque traduz bem a Nova York do seriado, uma cidade agitada, que aglomera as mais variadas tribos urbanas e tem um toque de sofisticação. Em um dos episódios, Carrie para no drive-thru de uma lanchonete e chega a pedir “um cheeseburger, por favor, uma batata frita grande e um cosmopolitan”.
“007”: Vodka Martini
Os filmes da franquia “007” têm lindos cenários pelo mundo, belas mulheres, muitas cenas de ação e, como não poderia faltar, um drinque que é a cara do personagem James Bond: o Vodka Martini, variação do Dry Martini – que no lugar o gim leva vodca.
O coquetel ainda é feito com vermute seco e azeitonas. São várias as cenas dos filmes em que o protagonista pede a bebida, acompanhado muitas vezes da fala que ficou eternizada: “batido, não mexido”.
No filme “007 – Cassino Royale”, de 2006 e com Daniel Craig no papel principal, outra variação: “Três medidas de Gordon’s, uma de vodka, meia de Kina Lillet. Sacuda com gelo e acrescente uma fina fatia de casca de limão”. Bond chamou a receita de Vésper, em homenagem à mulher pela qual se apaixonou no filme.
Mas, além do Vodka Martini, outro drinque faz uma ponta em um dos filmes: em “007 – Um Novo Dia para Morrer”, o agente secreto observa a personagem Jinx (Halle Berry) sair do mar de uma praia de Cuba enquanto toma um Mojito. Quando ela se aproxima, Bond oferece o coquetel à personagem. A receita clássica leva rum, suco de limão, açúcar, hortelã e água com gás (ou soda).
“Will e Grace”: Dirty Martini
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A sitcom norte-americana, que estreou em 1998, fez um enorme sucesso e também abriu alguns caminhos na televisão aberta para a comunidade LGBT+ perante o público de massa. Além de Will (Eric McCormack) e Grace (Debra Messing), a personagem Karen Walker (Megan Mullaly) é uma das mais engraçadas com seus comentários ácidos e elitistas.
Amante declarada de bebidas alcóolicas, é comum vê-la nos episódios com um Dirty Martini em mãos. O coquetel leva gim, vermute seco, salmoura de azeitona e azeitonas verdes. Além da combinação, ela também não descarta bebidas puras: gim, vodca, vinho, entre outros, são alguns dos companheiros da personagem.
Uma de suas frases mais marcantes é: “Se você precisar de alguém para beber, eu beberei com você. Se você precisar de um ombro para chorar, eu vou beber com você. Acho que o que estou tentando dizer é: adoro beber!”. Recado entendido, Karen.
“Mad Men”: Old Fashioned
Um dos seriados mais aclamados pelos telespectadores e pela crítica, a série estadunidense “Mad Men” foi ao ar ao longo de sete temporadas e segue o cotidiano de uma agência de publicidade de Nova York na década de 1960. O protagonista é Don Draper (interpretado por Jon Hamm), um publicitário bem-sucedido.
São vários os coquetéis que aparecem entre os 92 episódios, como Manhattan, Whiskey Sour e Bloody Mary, mas o mais memorável e que marca o personagem principal é o Old Fashioned. Clássico, um dos primeiros e mais populares drinques da coquetelaria, leva bourbon, bíter, açúcar e uma fatia de laranja ou cereja.
Em um dos episódios da terceira temporada, o personagem Don Draper chega a pular o balcão de um bar e preparar ele mesmo, durante alguns minutos, Tuddois copos caprichados de Old Fashioned – para ele e para o barman.
“Miami Vice”: Mojito
Adaptação do seriado de mesmo nome muito famoso dos anos 1980, o filme lançado em 2006 segue os passos dos detetives Sonny Crockett (Colin Farrell) e Richard Tubbs (Jamie Foxx), que investigam o tráfico de drogas nos Estados Unidos. Eles são então chamados para uma operação secreta para capturar um poderoso traficante que controla os negócios do Haiti.
Após Sonny acabar se envolvendo com a mulher braço direito do traficante, uma das passagens é emblemática: ele a convida para tomar alguns drinques, ao passo que, quando perguntado do que gosta, ele diz: “Sou fanático por Mojitos”. Ela então diz que conhece um lugar: ambos pegam uma lancha a partir de Miami e atracam em Havana, Cuba, local que popularizou a bebida.
Já em Havana, eles aparecem na La Bodeguita del Medio, famoso bar na capital que é um ponto turístico e já recebeu até o escritor Ernest Hemingway. No filme, quando indagado, Sonny diz: “O Mojito está ótimo”. Esta não é a única ocasião em que o coquetel aparece no filme, há outras cenas também pela capital cubana em que ele se faz presente.
E há lugar melhor do que Cuba para apreciar um verdadeiro Mojito? Florescido na noite cubana, o drinque leva rum, açúcar, limão, hortelã e água gaseificada (ou soda) e foi originalmente moldado com ingredientes caribenhos.
“Casablanca”: French 75
São vários os coquetéis que preenchem as noites do bar do Rick, localização fictícia central no filme “Casablanca”, um clássico do cinema de 1942. O drama romântico se passa na cidade de Casablanca, no Marrocos, durante a Segunda Guerra Mundial, em que um exilado norte-americano passa a administrar a casa noturna e reencontra uma antiga paixão.
Mas, talvez, o drinque mais memorável do longa seja o French 75, cujo nome faz referência ao tiro do canhão francês de 75 mm da Primeira Guerra Mundial.
Categorizado como um coquetel “clássico contemporâneo” pela Associação Internacional de Bartenders, ele leva gim, champanhe, suco fresco de limão e xarope de açúcar.
“Quanto Mais Quente Melhor”: Manhattan
Junte Marilyn Monroe, Tony Curtis e Jack Lemmon, boa música e uma gangue, e você terá a comédia musical “Quanto Mais Quente Melhor”, de 1959. O saxofonista Joe (Tony Curtis) e seu amigo Jerry (Jack Lemmon) fogem de Chicago para a Flórida após presenciarem um assassinato da máfia.
Eles então se disfarçam e se juntam a uma banda de jazz composto só por mulheres. Em uma das cenas do filme, Marilyn Monroe, que interpreta Sugar, está com uma garrafa de bourbon nas mãos e pede para outra personagem uma garrafa de vermute, já que assim “podemos fazer Manhattans!”.
Originalmente, o coquetel leva whisky, vermute e bíter.