Memorial Brumadinho: conheça homenagem às vítimas do rompimento da barragem
"Para visitar como gesto de superação", disse Gustavo Penna, arquiteto do Memorial Brumadinho
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Memorial Brumadinho, inaugurado no fim de janeiro, homenageia as 272 vítimas do rompimento da barragem em Minas Gerais, tragédia que ocorreu em 2019 • Divulgação/Leo Drumond / NITRO
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Sala Memória tem as vítimas homenageados em imagens, objetos pessoais e depoimentos de familiares • Divulgação/Olhar Infinito
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O Memorial Brumadinho também criou um espaço chamado lacrimário • Divulgação/Jomar Bragança
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O memorial conta com uma fenda que termina em um lago • Divulgação/Jomar Bragança
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Na imagem, a iluminação noturna do Memorial Brumadinho • Divulgação/ Jomar Bragança
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Espaço ecumênico • Divulgação/ Jomar Bragança
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Drusa de cristais • Divulgação/ Jomar Bragança
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Área de convivência do memorial • Divulgação/ Jomar Bragança
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Escultura chamada "cabeça que chora" • Divulgação/ Jomar Bragança
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Lago noturno do memorial • Divulgação/ Leo Drumond / NITRO
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Vista aérea do Memorial Brumadinho • Divulgação/ Jomar Bragança
A cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, ganhou um memorial para homenagear as 272 vítimas do rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, que ocorreu em 2019. Com assinatura do escritório de arquitetura Gustavo Penna Arquitetos Associados (GPAA), o espaço no local da tragédia está aberto ao público desde janeiro deste ano e tem entrada gratuita.
A ideia do Memorial Brumadinho, segundo o arquiteto responsável pelo projeto, nasceu a partir da mobilização das famílias das vítimas, que desenvolveram o memorial em parceria com o escritório
Por meio da reflexão e do aprendizado, o objetivo do espaço é preservar as histórias e ressignificar o local da tragédia. “É um memorial para ser conhecido e visitado como um gesto de superação”, disse o arquiteto Gustavo Penna ao CNN Viagem&Gastronomia.
Com 1.220 metros quadrados, o Memorial Brumadinho foi construído sob a gestão da Fundação Memorial de Brumadinho e abriga diferentes espaços dedicados às vítimas, como uma área retorcida e fragmentada, que representa o impacto do rompimento.
Logo em seguida, é possível observar uma drusa de cristais, um monumento que faz referência à maneira como os familiares das vítimas se referem a elas: “joias”. Em cada aniversário do desastre, às 12h28 do dia 25 de janeiro, um feixe de luz ilumina as pedras, “simbolizando a escuridão que marcou aquele momento trágico”.
O espaço apresenta uma fenda escavada nas paredes laterais, com os nomes das vítimas gravados nelas. Com vista limitada apenas para o horizonte distante, essa seção do percurso, que se estende por 230 metros, tem como propósito induzir à introspecção e à reflexão sobre a fragilidade humana diante de tragédias.
“Não é uma construção colocada em um único lugar: o memorial é um território, onde tem o bloco central de recepção. Depois, estende-se pela fenda que aponta o local do rompimento”, explicou Penna.
Ao final da fenda, os visitantes encontram os espaços Memória e Testemunho, que homenageiam às vítimas por meio de fotos e objetos pessoais. A área é criação da cenógrafa Júlia Peregrino.
Além disso, o Memorial Brumadinho conta com um mirante e um bosque, por onde a lama passou. No local, foram plantados 272 ipês amarelos — um para cada vítima. “É um parque para passeio, mas também um território de memória”, concluiu o arquiteto.
Memorial Brumadinho: Rua Hum, nº 100, Bairro Córrego do Feijão – Brumadinho/ Horário de funcionamento: de quarta a sexta, das 9h30 às 17h30; sábado, domingo e feriados, das 9h30 às 17h30. Fechado às segundas e terças.
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