Los Roques, o Taiti das Américas
A maravilha do arquipélago venezuelano, que se assemelha à Polinésia, Los Roques é uma das mais impressionantes e intocadas opções no Caribe...


A maravilha do arquipélago venezuelano, que se assemelha à Polinésia, Los Roques é uma das mais impressionantes e intocadas opções no Caribe
Se há um destino que ficou conhecido entre os brasileiros pelo boca-a-boca, com uma narrativa emocionada de como se chega até lá (o famoso teco-teco) ou por sua paisagem estarrecedora, é Los Roques na Venezuela. O arquipélago, que congrega centenas ilhas no mar caribenho, é um destino selvagem e de grande beleza natural, onde é possível elevar ao máximo o conceito de descanso nas férias.
Das ilhas do Arquipélago de Los Roques, a que fornece estrutura é Gran Roque. É lá que ficam as diversas pousadas, muitas com pensão completa. É altamente recomendado, já que as opções de restaurantes e cafés são praticamente escassas. O arquipélago é formado por 360 cayos (entre ilhotas e bancos de areia), ou seja, há quase um por dia do ano para visitar. Além de ser pouco explorado, Los Roques é perfeito para quem quer sossego e, principalmente, privacidade.
Além das ilhas mais visitadas, Francisqui, Madrisqui e Crasqui, já incluídas nos pacotes, vale a pena visitar Sebastopol, na barreira de corais, com impressionantes piscinas naturais para snorkel; e Dos Moiquises, onde há o projeto de preservação das tartarugas.
Entre as diversas opções de ilhas do arquipélago de Los Roques, Cayo de Água vale cada minuto chacoalhando no barco no mar batido. Lá é possível ver o cartão postal de Los Roques, onde o mar banha a praia dos dois lados, formando um estreito incrível, com o farol ao fundo.
Outro diferencial, que só um arquipélago com quase uma ilha por dia do ano tem, é poder passar um dia inteiro em uma ilha, literalmente, deserta. As mais conhecidas são Cayo Muerto, Fabian e Vapor. Peça ao barqueiro um cayo deserto, mas saia cedo, as chances são maiores. A primeira vez bate um medo de a maré subir e você ficar ilhado no meio do nada, de dar tédio ou do barqueiro não voltar, mas esqueça de tudo isso e faça a experiência. Vale muito.
E como uma boa praia se completa com um belo pôr do sol, o programa no final do dia é juntar as energias e fazer uma caminhada até o Forte de Gran Roque. A vista dá uma boa dimensão do vilarejo e você ainda curte o pôr do sol nas diversas colorações do mar turquesa.
A primeira vez que ouvi falar de Los Roques lembro que fiquei impressionada com a definição: “o Taiti das Américas”. Hoje, depois de ter visitado duas vezes, constato que não há outra forma de traduzir o arquipélago. Suas águas são incrivelmente transparentes, em tons de azul que beiram a não realidade. O Dolce Far Niente nos encantou e foi difícil deixar a ilha para trás.